Vós sois o sal da terra, Mt 5:13 e Vós sois a luz do mundo Mt 5:14.
Precisamos de saber que somos o sal da terra e a luz do mundo porque estas duas propriedades formam o carácter de um discípulo. Este é o ensino de Jesus que responde ao existencialismo vazio de quem busca saber o que é. Sabemos que o sal tem duas propriedades que consistem em conservar e em dar sabor.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 logo decidiram extrair o sal e isto porque para poderem empreender jornadas para o interior, era necessário conservar os alimentos, como a carne e o peixe, na cidade de Cabo Frio, ainda há vestígios de salineiras.
O bom Sal conserva também os bons costumes e dá sabor às palavras e com isto acontece o bom relacionamento entre os homens. Por esta razão é que o apóstolo Tiago na sua Carta recomendou o bom uso da língua porque com ela podemos amaldiçoar ou bemdizer, Tg 3:9. Sabemos que toda a palavra frívola que o homem pronunciar ao seu semelhante disso dará contas a Deus.
Vem isto a propósito de considerarmos a linguagem corrente em alguma mídia e nos púlpitos das nossas igrejas. Os maus exemplos acabam por contaminar as conversações nos lares e nas escolas. Quando Jesus esteve no mundo Ele era a luz do mundo, mas nem todos O compreenderam porque amaram mais as trevas. Também nós agora resplandecemos a luz de Cristo em nós, diante dos homens.
Sabemos que a luz serve para iluminar. Com ela se dissipam as trevas e por esta razão Jesus nos mandou a estar diante dos homens a fim de que vissem em nós a Sua própria luz. Há porém dois cuidados a ter no que respeita ao excesso tanto do sal como da luz.
Dir-se-ia que cada um de nós deverá estar consciente à cerca da porção de sal como também da intensidade da luz. Com esta recomendação pretende-se fazer o bom uso destas duas virtudes, sal e luz, a fim de que não exageremos o seu bom uso. Muitos cristãos ao testificarem de Jesus exageram quer no uso da Palavra e também na sua santidade. Alguns pregadores pregam desde o Gênesis ao Apocalipse com muitas citações bíblicas em sermões extensos e consequentemente com o excesso de sal a Palavra anunciada acaba por cansar o ouvinte. Também o excesso de uma pretensa santidade não é recomendada porque a luz em excesso, fere.
Como discípulos de Cristo procuremos pois com moderação salgar e iluminar.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues