O ambiente político-religioso nos revela, volta e meia, muitas novidades, algumas notáveis, outras irrelevantes.
Desta vez merece destaque algumas matérias divulgadas na Coluna Radar On Line, da Revista Veja, e publicada no Gospel Mais, em relação ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
Cunha e as duas denominações evangélicas
Muitos ainda não sabem, mas Cunha se diz evangélico.
De acordo com o Radar, Cunha, meses atrás, deixou correr a notícia de que não mais era membro da Igreja Sara Nossa Terra para integrar-se à Assembleia de Deus, maior denominação evangélica do Brasil (e que tem o maior número de eleitores). Meses se passaram e até hoje Eduardo Cunha não contestou a notícia sobre sua suposta mudança de denominação, visto que, segundo o Radar On Line, o parlamentar costuma contestar ou esclarecer pelo Twitter, de imediato, qualquer informação que cite seu nome ou que não lhe agrade.
Como se sabe, essa suposta situação religiosa de Cunha é bastante anômala, tendo em vista que não é regular no meio evangélico que alguém seja membro de duas denominações concomitantemente, a não ser que a pessoa não vise ter compromisso algum com a igreja, mas apenas uma oportunidade para outros interesses.
Caso realmente Cunha pertença às duas denominações, isto certamente é bastante cômodo, pois assim consegue ficar bem com ambas denominações e ter acesso à vasta membresia delas.
O pior é se ele – para aumentar sua influência – resolver ser membro de ‘n’ denominações ou até mesmo, quem sabe, de outros grupos religiosos da vertente cristã.
Cunha e os charutos cubanos
Ainda consta na mesma matéria da Coluna de Lauro Jardim, da Revista Veja On Line, que Eduardo Cunha da é fumante de charutos cubanos da marca Cohiba. E que já o viram esconder caixas de charutos ante a entrada em sua sala de líderes evangélicos.
“Jantei na casa dele [Michel Temer] na sexta-feira e na segunda-feira. Na terça, mais um jantar e ainda ficamos fumando charuto juntos até uma da madrugada”, publicou o colunista da Veja, em 23 de maio de 2013, sobre Eduardo Cunha. Não houve, até hoje, publicação contrária contestando a informação.
Sobre os charutos e Cunha, o jornal Folha de São Paulo também abordou o assunto, em sua edição de 23 de novembro de 2014.
O deputado federal Eduardo Cunha da “Sara Nossa Assembleia” costuma frequentar, principalmente em ano eleitoral, os arrais evangélicos no Rio. Ele tem o dever moral de se explicar perante seus eleitores que em grande parte são evangélicos.
Algumas questões precisam ser respondidas por Cunha:
1) Ele é realmente evangélico?
2) Ele fuma charutos ou não?
3) Se fuma, não seria uma desrespeito aos princípios e ética cristãos, visto que a igreja evangélica brasileira não prega nem é condescendente com essa prática?
4) E sobre a denominação, ele é da Sara Nossa Terra ou da Assembleia de Deus?
Afinal de contas o nosso povo merece respeito!