No século XV iniciaram-se as viagens de navegação marítima com o objectivo de descobrir novos mundos. Pouco se conhecia sobre o nosso planeta. As navegações não foram um acaso, mas sim um projeto científico que reuniu todos os saberes até então conhecidos. A força propulsora dos navegadores, além do comércio e de outras investigações era também a fé. António Vieira, referindo-se à epopeia marítima dos portugueses afirmou que eram as caravelas, luseiras do mundo. Portugal e Espanha dividiram o mundo e este tratado ficou conhecido como de Tordezilhas, ou seja, 370 léguas a oeste de Cabo Verde era território português e as demais terras eram da Espanha.
No século XXI não podemos deixar de sorrir por tanta ambição que moveu os irmãos Íberos. O português, Fernão de Magalhães, inicia a primeira viagem global e depois terminada por Del Cano e desta maneira se cumpriu a viagem de circunvalação. Tudo que aconteceu naquela época até ao século XIX, também com os ingleses e holandeses, resumia-se ao comércio. As culturas dos povos mantinham-se, salvo os territórios colonizados dos quais o Brasil foi grandemente afectado em vários domínios, como todos bem o sabem. No que respeita à fé, cumpria-se a grande missão de ir e pregar a todo o mundo a Obra Salvívica e Redentora do Rei da Glória e Senhor Jesus Cristo.
Homens de Deus viajaram por mundos desconhecidos e anunciaram o Evangelho e hoje são raros os países que não ouviram a mensagem dos embaixadores de Cristo, anunciando que Deus não mais inculpa o pecado ao homem e esta é a mensagem da reconciliação, por nosso Senhor Jesus Cristo, Carta aos Coríntios.
No século XX surge a massificação que é movida pela economia irresponsável pelo estado da presente crise financeira. Passamos de uma aldeia global para uma nova ordem, resultado de interesses vários. Os povos colonizados procuram imitar a cultura dos colonizadores, nas artes, na música, na moda e em tudo o mais, esvaziando-se a multiforma e prosseguindo num processo de massificação ou de unanimidade.
Gostaria de me concentrar mais no aspecto económico que é segundo o meu entendimento o responsável pela grande crise financeira que mantém cativas pessoas e nações. As fabulosas somas das dívidas públicas das nações, o zigue zague das bolsas, a frenética e selvagem capitalização, fez surgir no mundo, aquilo que já Jesus anunciara, no início do Evangelho, o deus Mamon.
Dir-se-ia que continua o duelo do Cristo de Deus e do rei das trevas que já lhe restando pouco tempo procura por meios da força bélica estabelecer o caos como também já foi previsto no Apocalipse dos Evangelhos, pela boca de Jesus. A hora é agora e as igrejas ao redor do mundo deverão vigiar e orar e não se deixarem envolver com o deus Mamon porque este dualismo não pode sobreviver pactuando, porque ninguém pode servir a dois senhores, como afirmou o Cristo de Deus.
Outrossim é o ecumenismo católico romano que procura aglutinar diferentes religiões e isto como o resultado de que existe uma centelha de Deus em cada homem. As visitas de alguns Papas a algumas mesquitas têm demonstrado ser possível uma aproximação entre o cristianismo e o islamismo.
Até mesmo a unidade cristã tem sido procurada numa base consensual e nunca foi alcançada e nem poderá ser porque existe uma só fé, um só batismo e um só Senhor. Qualquer união do cristianismo com outras crenças não passa de um simples sincretismo de fé e consequentemente uma massificação.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues