Graça e Paz.
Não conhecemos quais as razões, pelas quais Deus chamou Abraão de o pai de todos os que crêem (Rom. 4:11). Podemos, entretanto, pela leitura das Escrituras, conhecer como Deus estabeleceu essa aliança e quais foram os seus propósitos. Essa aliança compreende três partes distintas, a saber: a promessa de Deus a Abraão de que ele, deixando sua terra e sua parentela e indo para um lugar que lhe mostraria, seria feito o pai de uma grande nação, e que dele sairia o Redentor e nele seriam benditas todas as famílias da terra. A aliança registada em Génesis, diz: Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constitui. Far–te-ei fecundo extraordináriamente, de ti farei nações e reis procederão de ti. Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência (Gen 17:7). Como sinal desta aliança, disse Deus: “disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo o macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós (Gen.17:9-11).
A confirmação de Deus quanto a esta aliança aconteceu por causa da obediência de Abraão à voz de Deus. Isto é fé, obedecer a Deus! Disse o autor da Carta aos Hebreus que Abraão, sendo chamado por Deus, obedeceu, e esse gesto foi-lhe imputado como justiça. Leiamos a confirmação de Deus a esta aliança, como também está registada no livro de Gênesis: Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do Senhor a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, porquanto fizeste isto e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Gn. 22:15-18).
A compreensão dessa aliança só pode ser feita à luz das Escrituras, aliás, a única regra de interpretação. Julgar as profecias por outro critério poderá trazer confusão. Leiamos, pois, o que Paulo escreveu aos gálatas sobre os propósitos dessa aliança: É o caso de Abraão, que creu em Deus e isso lhe foi imputado para justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.(continua no próximo texto).
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues