Graça e Paz.
Antes de prosseguir com a continuação da Aliança com Davi, segunda parte, gostaria de propôr ao leitor a leitura dos textos sobre A Fé dos Homens – Abraão primeira, segunda e terceira parte, também recomendo a leitura de Fé dos Homens – Aliança do Sinai.
A proposta da leitura dos textos é com o objetivo de compreender Deus e os homens, ao longo da história, uma Teologia das Alianças.
“A minha benignidade lhe guardarei para sempre, e o meu concerto lhe será firme. E conservarei para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias do céu. Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniquidade com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a David. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim” Sl 89: 28-36.
Após a morte de Davi, sucedeu Salomão, e o cumprimento da profecia foi imediato, mas “aqui está quem é maior que Salomão”Luc 11:31b. Nesta passagem temos um caso de referência dupla. A própria passagem do vers. 14, “eu lhe serei por pai e ele me será por filho”, confere com Hb 1:5, onde Deus claramente identifica o Senhor Jesus Cristo como “Filho”, através do qual tem falado Hb 1:2 e em quem se acha o pleno cumprimento da aliança com o rei David. Muitas são as profecias do Velho Testamento que anunciam o nascimento do Messias, como esta: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”; “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu;o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Princípe da Paz; para que se aumente o Seu govêrno, e venha paz sem fim sobre o trono de David e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante juízo e justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” Is 7:14 e 9:6 e 7.
Estas profecias tiveram o seu cumprimento quando Jesus nasceu: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus lhe dará o trono de David,seu pai; e ele reinará para sempre sobre a casa de Jacob, e o seu reinado não terá fim” Lc 1:32.33.
Também o profeta Jeremias predissera acerca da vinda do Messias: “Eis que veêm dias, diz Jeová. em que levantarei a David um Renovo justo, que como rei reinará, procederá sábiamente e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo e Israel habitará seguro; este é o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” Jeremias 23:5,6.
Compreende-se, deste modo, que a aliança com o rei Davi aponta para Jesus, o Cristo de Deus. Embora o templo tivesse sido construído por Salomão e este tivesse reinado com grande sabedoria e riqueza, tudo “não passou de sombra” mediante a promessa como disse o apóstolo Tiago aos seus irmãos judeus:
“Depois que eles terminaram, falou Tiago dizendo: Irmãos atentai nas minhas palavras: expôs Simão como Deus primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de David; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor; e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos” At. 15:13-18.