Um novo ano é sempre um motivo para realizarmos novos projectos, é como o povo diz, “ano novo, vida nova”.
Se você me perguntar o que deve desejar para o novo ano, eu tenho uma resposta para si, a saber: “Deus quer que você permaneça em Sua vontade”, e nada mais.
Os grandes feitos seguem sempre a norma, de que “a vontade de Deus é que gera sonhos no homem, para este os realizar”.
Como podemos conhecer a vontade de Deus? A resposta é através da oração. “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”. Mateus 6:10. Nem sempre a vontade de Deus é a nossa vontade. Nós idealizamos “sermos felizes à nossa maneira”, e por esta razão é que se estabelece o conflito das vontades.
Às vezes nos enredamos com as nossas imaginações, que até parecem se plasmarem nos ideais de Cristo, como por exemplo, sermos missionários, construirmos uma Casa da Igreja, fazermos cursos bíblicos, programas de rádio, de televisão e tantas outras coisas, que no íntimo procuram promover a nossa vontade, e assim nos tornamos realizados, satisfeitos e até orgulhosos.
Tenho aprendido ao longo de trinta e seis anos de ministério, que para conhecer a vontade de Deus, tenho que me humilhar, (Tiago 4:10). Ou então, Deus o fará por mim. (Deuteronómio 8:2).
Aprendi que “fui feito do pó, e que ao pó voltarei” e que “a nova vida que há em mim, é o Cristo”. Na teologia Paulina está escrito: “Cristo em nós, a esperança da glória. Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”.
Eu, o Amílcar, sou uma nova criatura, e devo viver de acordo com a vontade d’Aquele que me resgatou da morte eterna, e me transportou para o Seu Reino.
Jesus ensinou os seus discípulos de que “se a semente não morrer, não pode germinar”. Com este ensino, aprendemos que Deus não está interessado nos nossos planos, porque Ele tem um plano para nós, idealizado antes da fundação do mundo.
Há uns anos atrás, Paul Yong Cho no seu livro Quarta Dimensão, agitou o mundo cristão, ao afirmar que cada um receberia o que pudesse imaginar em seus sonhos. Como resultado deste ensino, muitos rapazes e moças, começaram a imaginar companheiros de olhos azuis, castanhos, altos ou baixos, conforme os seus gostos. Não estou certo de que tivessem alcançado os seus desejos.
O melhor que podemos desejar para o novo ano, é vivermos de acordo com os ideais de Cristo. Se este for o desejo do nosso coração, que até nos pode levar às lágrimas, Ele fará que sonhemos com o Seu plano.
Com esta revelação profundamente marcada no nosso coração, começará a nascer em nós, pela ação do Espírito Santo, a Obra. Deus dará todos os recursos, e fará que percorramos a carreira que nos foi proposta antes da fundação do mundo, (Hebreus 12:1).
É imperativo sabermos que a nossa ação, como discípulos de Cristo, consiste em praticarmos quotidianamente os ensinos de Jesus no Sermão da Montanha, (Mateus 5, 6 e 7), que é o amago do amor a Deus e ao próximo.
Também servirá para testar a vontade de Deus no nosso viver cristão. Aquele pois que não cuidar em praticar esta doutrina é considerado de homem imprudente, (Mateus 7:26). Certamente que Deus não negará bem algum a todos aqueles que de todo o coração O amam. Estes são os bem-aventurados quem Deus ouve, como está escrito:
“E esta é a confiança que temos Nele, que se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos”, (I João 5:14-15).