Palavras de Marco Feliciano em sua despedida da presidência da CDHM: “O povo percebeu que sou um político com posicionamento. Que defendo com unhas e dentes o que acredito”. Está sendo noticiada a saída de pastor Marco Feliciano da presidência da CDHM, foi marcada por polêmicas sua passagem por lá, mas pelo menos para ele e para os eleitores e frentes que o mesmo representou parecem ter sido positivas e eficazes.
Desde que Feliciano assumiu a presidência da CDHM manifestou logo seu posicionamento pró-família tradicional. Descortinou e deu claras evidências de que por trás da comissão esquecida rolavam planos nefastos e projetos de leis unilaterais, anti-democráticas, encabeçadas pelo braço político do ativismo gay no Brasil e defendidas descaradamente pelo governo petista. Alguns disseram que Marco foi homofóbico; outros ainda que o perseguido foi o próprio. De qualquer maneira se a ascensão política de Feliciano foi notada, deve-se ao ativismo gay contra sua pessoa. Tanta pejoratividade entornada pelo movimento sob o presidente da CDHM, que como indução provada de psicologia reversa, o resultado não poderia ter sido melhor para Feliciano que poderá se gabar: não renunciou a presidência e ainda por cima o PL122 não prosperou sob sua gestão na comissão. Marco Feliciano deverá se reeleger com muito mais votos se for candidato à uma vaga na câmara dos deputados e até tem boas chances de ganhar se preferir vir como senador da república.
Feliciano não é perfeito, não foi perfeito. Mas, sinceramente, surpreendeu-nos o pastor, que como político de primeira viagem, demonstrou coragem, opinião e manteve-se firme mesmo sob bombardeio da mídia secular e manifestações artísticas jamais vistas. Foi golpeado por denominações e lideranças de uma sem dúvida manifesta “esquerda” evangélica. Sem falar da pressão política imposta à Marco, ironizando sua postura e satirizando suas afirmações; mas, enfim, prevaleceram a democracia, a constituição e os regimentos parlamentares que aliados à corajosa posição de Feliciano, prosseguiu ininterrupto no cargo para o qual fora eleito.
É injusto fixar que Feliciano e a comissão sob sua condução foi politicamente monofocal, dedicando-se à questões de ordem religiosa “fundamentalista” a despeito de outras questões sociais mais relevantes. Não podemos impingir a CDHM essa consideração apenas por Feliciano tê-la presidido, pois será ignorância e prova de desconhecimento das ações efetivas da própria comissão parlamentar. Você já se deu ao trabalho para checar o que foi trabalhado naquela frente fora as midiatizadas polêmicas que cercaram o PL122; senão, o convido à verificação no portal da câmara e por conseguinte no link da comissão, tire suas próprias conclusões e veja que não houve fisiologismo político para privilegiar ninguém. A meu ver, Feliciano apenas defendeu na parte que lhe coube os valores que ele e seus eleitores acreditavam e isso não é errado pra nenhum político e para nenhum cidadão sob o Estado Democrático.
Politicamente, ele tem muito a aprender, mas não fez feio como parlamentar novato. Em todas as suas entrevistas em programas de televisão, principalmente nos seculares; mostrou-se sereno, seguro e firme em suas convicções. No exercício das funções na dianteira da CDHM, discutiu variados temas de interesses à minorias, encaminhou os analisados à câmara e podem acreditar: foi democrático. Em aspectos gerais, o lado que mais trabalho trouxe a Feliciano foi sua faceta de pregador pentecostal, onde teologicamente foi infeliz em várias ocasiões (sendo criticado inclusive por seus pares), liberando um paiol de munições à “esquerda evangélica”, e baixando a guarda ao aplicar mensagens que denotaram má interpretação frente a alguns movimentos, que lhe fizeram oposição.
Pra fim de conversa, Feliciano acabou representando famílias tradicionais, posições fundamentais do cristianismo e ainda ficou bem na fita para uma próxima eleição, devido à enorme popularidade que obteve por sua posição justificada. Parece que quem tentou malograr Marco terá como expectativa seu possível retorno, além de ter engolido à seco o que chamaram de sepultamento da PL122. O futuro está nas mãos de Deus, mas no crepúsculo de 2013, Marco Feliciano se deu bem melhor que seus opositores.