Criticamos à Feliciano, mas nos calamos frente a atuação de Jean Wyllys. Será que como seguidores da Palavra de Deus, em nossa visão política temos dois pesos e duas medidas? Leio crentes fazendo declarações críticas e vexatórias a Marco e uma branda e meio que “deixa pra lá” para Jean Wyllys. Como pode isso?
Feliciano não fugiu à regra e como Jean Wyllys que promove politicamente o ativismo gay no Brasil; Marco a seu modo não propõe um teocracismo (e nem o poderia num Estado laico como o nosso), mas defende as convicções sociais e religiosas de quem o elegeu.
O que distingue Jean Wyllys de Feliciano quanto à política social nacional? Nada!
Até parece que o comportamento de Feliciano é anômalo aos demais políticos. O que é a câmara federal senão uma representação dos interesses dos distintos segmentos sociais? Não representam esses políticos frentes sociais, sindicais, rurais, corporativistas e religiosas? Não legislam em função de causas, carências e normatizações específicas? Perguntas com respostas óbvias: é claro que sim!
Muitos crentes cobram de Feliciano mais projetos sociais ao invés de sua simples dedicação pró-família na casa de leis em Brasília. Alguns evangélicos e críticos exigem dele, também posicionamentos sobre educação, segurança e saúde e questionam sua atuação em torno de polêmicas “políticas” miradas contra o defensismo gay. Engraçado, Feliciano propôs semana passada o projeto de lei: “Papai do Céu na escola”, e ninguém disse quase nada! Parece-me que o problema é de ordem pessoal e não social com a postura política de Feliciano, e se for é um comportamento apolítico e frontalmente de natureza crítica – e da pior espécie: destrutiva.
Em contrapartida, o que podemos notar na atuação política de Jean Wyllys? Uma voz em defesa dos valores que acredita. E Feliciano faz diferente? Claro que não.
Jean Wyllys é uma figura polêmica no Brasil, assim como Marco Feliciano. O discurso de pluralidade religiosa e laicidade verbalizadas por ele é bonito e pertinente. O problema é que nas entranhas da fala do “politicamente correto” do deputado do PSOL, a tentativa da ideologia política do gayzismo imposto através de sutis ações legislativas se manifesta rapidamente, propondo e defendendo absurdos como o texto original do PL122. Mas não para por aí.
Wyllys defende e propõe como autor e co-autor pelo menos a aprovação de três projetos unilaterais à causa gay em detrimento óbvio as causas gerais de nossa nação. Vejamos:
1º Projeto de lei Gabriela Leite. Propõe a legalização da prostituição no Brasil, regulamentando os “profissionais do sexo”.
2º Projeto de lei João Nery. Os autores do projeto, Jean Wyllys e Érika Kokay, justificam que “há empecilhos para a identificação legal daqueles que se sentem como pertencentes a outro gênero é mais um problema que leva a preconceitos e exclusão de transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais”. Tudo pra essa gente é discriminação, eles ignoram que algumas pessoas precisam arcar com as escolhas que fazem na vida – pra todo mundo é assim, isso não é preconceito é a realidade da vida. Mudar o sexo, amputando órgãos do próprio corpo é um preconceito a si mesmo!
3º Projeto de lei para a legalização do casamento civil homoafetivo. Adivinha quem aparece na dianteira da proposta do projeto? Sim, de novo Jean Wyllys. Este moço para defender as razões da proposta em um portal cibernético que defende o casamento civil igualitário, quando perguntado sobre: A Bíblia diz que a homossexualidade é pecado? Respondeu: “A palavra “homossexualidade” não existia quando a Bíblia foi escrita, não porque não existissem homens que se apaixonassem por outros homens ou tivessem atração sexual por eles, ou mulheres que sentissem o mesmo por outras mulheres, mas porque esse não era um critério classificatório das línguas faladas pelos primeiros leitores da Bíblia. Jean Wyllys finalizou sua resposta generalizando: “a Bíblia não poderia jamais dizer que a homossexualidade é pecado, da mesma maneira que não diz que seja pecado usar internet ou assistir à novela da Globo. “Essas não eram as preocupações daquela época”.
Como requereram de Feliciano é justo perguntar: Jean Wyllys não tem mais o que fazer, a não ser criar e defender direitos homossexuais? Se Wyllys é aplaudido em conferências, simpósios e seminários de ciências sociais; porque crucificam a Feliciano dentro dos arraiais evangélicos? Só porque é um pentecostal aloprado? Porque toda semana aparecem vídeos de suas declarações e polêmicas atuações no mundo evangélico. Não seria a postura de Feliciano mais importante na câmara federal do que seus deslizes teológicos e testemunhos sincréticos? Enquanto amaldiçoamos a Feliciano e por extensão a frente parlamentar evangélica que lá atua; o ativismo gay através de seus representantes declarados e oficias minam nossas políticas sociais. Realmente os filhos das trevas são mais prudentes que os da luz!