Somos chamados a interpretar, nesta vida, diversos papéis e nem sempre apresentamos o rosto que somos.
Quando estudei na Academia de Televisão, aprendi na arte de condução de atores, a manifestação de certas emoções nos rostos, a fim de obter uma realidade que expressasse, por exemplo, alegria, ódio, tristeza, raiva, serenidade, dúvida, medo e muitas outras que se podem observar.
Vem isto a propósito de termos alguma dificuldade, em manifestar, aquilo que realmente vivemos, porque receamos não sermos aceites senão usarmos o disfarce da fantasia das máscaras para melhor sermos aprovados.
Quem nunca sentiu dificuldade ao apresentar condolências pelo falecimento de um ente querido? Por esta razão, é que no Oriente se contratam carpideiras a fim de que emprestem uma emoção de grande pesar pelo choro, e assim se consiga um ambiente de tristeza.
Pior que isto é que nas igrejas se procure, através de cânticos de alegria, criar um ambiente favorável quando na verdade é a tristeza, a falta de paz, a incredulidade que impera em alguns dos corações das mulheres e dos homens.
A vida cristã, exige, acima de tudo a Verdade e não a fantasia das máscaras, nos rostos que procuram expressar sorrisos amarelos, com olhos tristes.
A ministração do louvor a Deus deverá, por este motivo, seguir a linha do Templo, a saber:
O Átrio, o lugar Santo e o Santo dos Santos.
No Átrio, é o primeiro encontro com Deus e com os homens. É neste lugar que se perdoa e que se concede perdão. Por esta razão é que Jesus ensinou que todo aquele que vier ao Templo e tiver alguma questão com um irmão deverá deixar a oferta sobre o altar e procurar reconciliar-se com o irmão. O ato de perdoar e de pedir perdão é o caminho da libertação, porque para Deus as injustiças do homem nunca poderão ser caminhos de paz.
No lugar Santo, sobre o altar, havia uma taça de vinho que simboliza a alegria, os pães da preposição e o candelabro. Todos estes objetos representam a comunhão dos irmãos, em Verdade.
No Santo dos Santos onde só era permitida a entrada do sumo sacerdote, uma vez ao ano, que também aspergia o sangue sobre a Arca da Aliança representa, na Nova Aliança, a adoração a Deus em Espírito e em verdade.
O encontro do homem com o Deus vivo, não permite o uso de máscaras para simular uma aparência, que não corresponda à realidade do que verdadeiramente somos.
O carnaval brasileiro, é uma festa popular em que os tristes e amargurados de coração, procuram pela fantasia de máscaras, expressar uma alegria bem efemora, porque tudo acaba na quarta-feira de cinzas.
Sabemos que, o prazer pouco dura e que a alegria do Senhor nos corações das mulheres e dos homens, é como uma fonte de águas vivas que brotam do interior de nós para fora e que com o rosto transfigurado, pela presença de Deus em nós, refletimos a imagem do Senhor, como pelo Espírito.
Vivamos pois a vida sem máscaras.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigues