No livro do Apocalipse ou da Revelação encontramos a referência ao Dragão e às duas Bestas, Ap.13.
Como sabemos, o Livro do Apocalipse, foi escrito por símbolos. A interpretação dos símbolos tem conduzido às mais diversas correntes de opinião.
Procurarei dar a minha interpretação que diverge dos demais entendimentos e faço-o com a consciência de que também tenho o Espírito de Deus que habita em mim, por Sua divina graça.
O Dragão, figura fantasmagórica e de terror é por interpretação Satanás, fonte de todo o mal e que haje de forma invisível no sistema deste mundo. Por esta razão, somos chamados a não pactuarmos com o mundo porque quem o faz o amor do Pai não está nele. Tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a soberba da vida não procede de Deus mas do mundo, teologia Joanina.
O Diabo é o pai da mentira e procura ser semelhante a Deus na Sua onisciência e onipotência. A manifestação do Diabo no mundo encontramos no poder político e no culto ao Estado, conforme está escrito:
“Porque se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se consultam contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas. ” (Sl 2:1,3)
Neste breve texto, compreendemos que o Dragão influenciou os reis e os governos deste mundo contra Deus e ao seu Ungido que é o Senhor Jesus Cristo. Esta é a operação da primeira besta aludida no Apocalipse que diz respeito à teologia do mal.
Com o objetivo de alcançar toda a terra a primeira besta faz levantar entre os povos a segunda besta que é a promotora do erro a que chamamos, nos nossos dias a mídia. Sobre esta segunda besta que tem o número de homem, 666, símbolo do homem natural que não pertence a Deus, o Dragão procura cegar o entendimento dos homens a fim de que lhes não resplandeça a luz do Evangelho Eterno. A mentira é a astúcia que tenta afastar os homens do culto a Deus substituindo-o por o culto ao Estado.
O leitor, certamente que reconhecerá o fausto com que os governos deste mundo impressionam os povos querendo parecer onipotentes. Vivem em palácios, falam coisas mui arrogantes e lhes é dada honras militares querendo com isto parecer aquilo que verdadeiramente não são. Exemplo disto é desde os tempos mais remotos o culto a Faraó, a revolução francesa com o amor “à La Patrie”, os kamicases na sua fidelíssema honra ao Imperador do Império do Sol Nascente entre muitos outros exemplos que facilmente se poderiam citar.
A propaganda que são as vozes da segunda besta subserviente à primeira besta tem induzido o coração dos homens a uma mística nacionalista e também é um exemplo disto, o Nazismo do século passado em que foi exaltada uma raça e um ditador de má memória.
Precisamos de estar atentos para que não nos envolvamos nos enredos perniciosos que a primeira e a segunda Besta, submissas ao Dragão, operam o Mal neste mundo.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues