Já diziam os antigos, unção é o seguinte: “Uns são” e outros “não são”. Usamos para definir esse termo um óleo sobrenatural que Deus derrama sobre os seus ministros para lhes dar autoridade. Bem, embora isso não seja literal o efeito é esse mesmo! O camarada que recebe a unção de Deus (todo crente) desfruta de autoridade para anunciar o Evangelho e denunciar toda estrutura podre que permeia a sociedade.
A discussão gerada em torno do tema é muito superficial perto do verdadeiro significado da palavra. O Senhor nos ungiu para pregar boas novas aos quebrantados. O Senhor nos ungiu igualmente. Cada um aproveita a oportunidade recebida de uma forma. Uns são mais ousados e por conta disso achamos que são mais ungidos, outros são mais tímidos e por conta disso achamos que são menos ungidos.
No contexto veterotestamentário há questões polêmicas como Eliseu pedindo o dobro da unção que havia sobre Elias. Comentaristas são unânimes em dizer que “unção dobrada” nesse sentido representava ser usado pelo menos o dobro de vezes que Elias havia sido usado. Servir duas vezes mais do que Elias serviu. E para isso o sinal recebido foi a capa do profeta que foi deixada como sinal de aprovação do pedido de Eliseu.
Quem acompanhou o ministério do profeta Eliseu percebeu a autoridade com que ele anunciava e denunciava em seu tempo. A unção estava disponível, Eliseu aproveitou as oportunidades e cumpriu o que lhe havia sido confiado, foi mais intrépido e operoso que a maioria dos profetas de seu tempo.
Não dá pra sistematizar unção. Mas sabemos que ela está continuamente sobre nós e a percebemos a medida que intensificamos nossa comunhão com Deus. Não adianta ficar discutindo como ela vem (forma), temos é que aproveitar seus efeitos para anunciar o Evangelho e cultivar comunhão com Deus para continuar percebendo seus efeitos em nós e através de nós.
E no mais, tudo na mais santa paz!