O comportamento humano é sempre influenciável, daí esparso, por vezes inexplicável e na maioria das vezes questionável. Uma dessas demonstrações das incoerências humanas é a da postura dos homens (generalizando o termo) em celebrarem o Natal extinguindo o aniversariante. A data separada para a comemoração do nascimento de Jesus Cristo é rica. Tal riqueza expressa não em poses, presentes, pompas e banquetes, antes, farta de sentido bíblico, impressionante por sua realização profética e caracterizada, sobretudo pelo desejo de Deus em dar e oferecer de graça o melhor para a humanidade – o seu próprio filho.
Mesmo com todo peso redentor e com tantos sentimentos de boa vontade envolvidos, há os que se fizeram pobres pela negligência de observar e viver sob os auspícios do verdadeiro Espírito do Natal (leia-se Espírito Santo). Pessoas que na pobreza da alma carente de Deus e daquela salvação anunciada no natal de Jesus, não admitem o estado crítico de suas vidas e muito menos reconhecem a condição trágica de sua existência. A miséria do ser em meio à fartura do ter é a prova contundente de uma geração afastada de Deus e insensível a sua voz e dádivas disponíveis a essa inquietante situação.
É miserável no natal todo aquele que alegrado por presentes, acolhido por familiares em banquetes e acostumado a sobejos e extravagâncias, ignora o sentido dos favores e dons do natal. A graça da ocasião retrata o ofertar, contempla os outros e mira o bem comum. O que temos oferecido ao próximo (aqueles que estão fora de nossos círculos) em nossas comemorações natalinas além de presentes aos que gostamos e comes e bebes a quem convidamos? A verdadeira celebração do natal desafia-nos a romper a restrição cultural domiciliar da data, apregoa o sair e a demonstrar aos de fora a maior mensagem de todos os tempos: Hoje vos nasceu o Salvador que é Cristo o Senhor!
É carente no natal todo aquele que mesmo em família, não agradece a Deus, não ora e não louva ao Senhor pela realização do singular nascimento de Jesus. São crentes que se dizem esclarecidos e entendidos, mas nada agradecidos. Pessoas que celebram o fato nas divisas de um “cristianismo cultural”, nada pessoal, pouco horizontal e menos espiritual. Alegre-se sim com os seus, mostre-os a razão dos presentes e a verdadeira delícia do cardápio celestial – O pão da vida que desceu dos céus! Todos os significados bíblicos e cristãos do natal são muito mais que apenas entendimento, pois envolvem sentimento, participação e envolvimento do ser.
É pobre no natal todo aquele que no egoísmo de sua experiência de vida, centra o universo em si, converge tudo aos próprios interesses e somatiza resultados apenas com enfoques materiais. Natal é data para também iluminar nossa vida à luz da de Cristo, realinhar nossa caminhada a do menino Jesus, deitado naquela manjedoura com expressão de serenidade e trazendo esperança a todos. Miseráveis nos natais e pobríssimos na vida serão todos aqueles que ao se depararem com as escuras noites da jornada não se orientarem pela brilhante Estrela da Manhã; que ao atravessarem as longas madrugadas da lida humana não desejarem pela luz e calor do Sol da Justiça.
Que façamos diferente, que sejamos ricos das graças do natal, apregoando suas mensagens de paz e vivendo sob a influência do Espírito de Emanuel – Deus conosco!
Feliz Natal!
Que Deus te abençoe com toda a sorte de experiências com Ele e com todas as bênçãos dEle!