Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará (Hb 10.37)
Dias tensos e trabalhosos são estes que vivemos neste mundo (2 Tm 3.1). Tempo carregado de problemas de todos os gêneros em todas as áreas de nosso kosmos. Ocorrem manifestações contra governos e instituições de comando; avançam perseguições violentas aos cristãos em muitos países; descobrem-se espionagens do imperialismo dos EUA sobre várias nações; tiranias descaradas ceifam vidas inocentes no oriente médio; as religiões infelizmente têm distanciado o homem de Deus; povos em pé de guerra com arsenais atômicos disponíveis no mercado negro; fenômenos naturais nos assustam freqüentemente e a bíblia afirma que ainda vai piorar mais (Mc 13.8; Lc 21.26).
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem (Mt 24.27).
Como se não bastasse à exibição de tanta desgraça estamos num século da desconstrução de valores e da remoção de padrões fundamentais (Pv 22.28). Por isso e muito mais, este tempo de medo e de incertezas se manifesta com largueza e profundidade suficientes para consumir esperanças, pois está carregado de apreensões quanto ao futuro. A tormenta deste perceptível caos mundial generalizado assopra turbulenta ventania de inseguranças sobre o poente desta geração e espalha densas nuvens carregadas de grandes conflitos e anarquia para o nascente da próxima (2 Tm 3.13).
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados (1 Co 15.52).
Em meio a esta crise que realça o cumprimento dos prenúncios proféticos como estão os cristãos? Ao que vemos a salvação bíblica para o novo estilo de vida desses “crentes descolados” não tem significado muita coisa e a bem poucos parece interessar. Percebe-se em nosso meio uma idéia de salvação muito mercantilista e material que não tem composição bíblica em sua essência, contraria o caráter cristão e se distancia das perspectivas de quem é salvo (Ap 22.20). Nota-se um empenho homilético ao conotar listas de conveniências temporais em forma de pregações cristãs que promete realização pessoal para este tempo e quase nada comunica acerca do ápice glorioso da redenção do corpo e do estágio final da salvação (Rm 8.23; Fp 3.21; 1 Co 15.52).
Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17).
O cenário prenuncia a realização daqueles estudos de escatologia bíblica que preconizam a chegada do Anticristo após a saída da igreja deste mundo pelo arrebatamento (Dn 9.24-27; Ap 13). Mas, parece que essa ficha de realização profética ainda não caiu na razão de muitas mentes e muito menos fez pulsar o coração da maioria dos crentes pela chegada da redenção (Lc 21.28). Não vejo ignorância quanto a desconhecermos a doutrina bíblica do arrebatamento (1 Co 15; 1 Ts 4.13-18); o que se percebe é a indiferença quanto a viver a expectativa iminente de tamanha promessa e estar preparado para esta trasladação única (Mt 24.12; Hb 10.25; 1 Co 15.51).
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14.3).
Nossa fé está muito secularizada. O que isso significa? Objetivamente quer dizer que temos confiança para buscar ajuda divina para nossos labores diários ligados à nossa realização pessoal, sentimental e profissional (Tg 4.3). Significa que a possibilidade de construir o “emergente sonho sul-americano” nos encanta tanto, que acabamos por nos esquecer da bem aventurada esperança (Tt 2.13). Muitos “conferencistas” pregam um evangelho de pertinências existenciais que por interesses compartilha uma vida secular semi-eterna e uma morada celestial tão distante, que aguardá-la como ensinam as Escrituras parece incoerência ocupacional para uma mente tão comprometida com o terreno (2 Tm 4.3).
Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3.20)
Muitos aceitaram a elaboração antropogizada de um deus menos celeste, mais terreno e totalmente condescendente aos desejos e vislumbres seculares (Rm 1.25). Tantos preferem crer numa “divindade” que mais parece um tutor de menores do que o Deus Soberano promulgado pela Bíblia (Gl 3.24-25). Esse deus relativizado e temporal adorado por crentes encantados com este mundo impiedoso está construindo uma falsa esperança e patrocinando um enganoso conceito de vida cristã regada a posses materiais e a tudo o que mais couber neste excelente pacote do sonho americanizado (2 Co 4.4). O objetivo de todo esse artifício de sucesso misturado com bênçãos que nos prendem à essa terra é um plano astuto do maligno para corromper-nos a fé e nos acorrentar aos porões do lago de fogo e enxofre (Ap 20.10, 15).
Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra (Ap 22.12).
O perfil Laodicéia de tantos crentes despreparados para a volta de Cristo (Ap 3.15-16) denota que o “deus deste mundo” luta para mantê-los cativos a um tipo de Sodoma de prazeres e a uma Babilônia de realizações mundanas (Ap 18.4). Jesus te ama! Você ainda está vivo e até conseguiu chegar ao fim deste artigo. Não importa qual seja o teu pecado ou as tuas culpas – Deus te perdoa ainda que os homens não aceitem que isso te seja possível (1 Jo 1.7,9). Para o Senhor é mais importante tê-lo junto na eternidade do que perdido para sempre (1 Ts 5.9). Se esta exposição despertou sua consciência para a trágica realidade espiritual que está vivendo é porque o Espírito Santo quer transformar essa realidade (Rm 8.16; Jr 29.11-13; Is 10.27). Faça agora mesmo uma oração sincera e peça perdão por tanta negligência e inversão de valores (Tg 4.4-10); confesse os teus pecados (1 Jo 1.9; Pv 28.13); volte a ler a Palavra de Deus (Jo 5.39; Sl 119.11); clame pela restauração do amor pela volta de Jesus (2 Tm 4.8); busque por renovo espiritual (2 Co 4.16); reviva a alegria da salvação (Rm 15.13); priorize o reino de Deus (Mt 6.33); retome suas atividades junto da igreja (Hb 10.25) e proclame em alta voz: ORA VEM SENHOR JESUS! (Ap 22.20).