“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal, que fazem da escuridão luz, e da luz escuridão; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!. Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos.Isaías 5:20,21.
Salomão foi o rei sábio que experimentou o máximo do prazer. (Eclesiastes 2:1-11). Teve Gozo e Prazer, e concluiu que tudo isso era Vazio. Engrandeceu-se. Teve tudo o que quis, e o fez sabiamente. Reinou quarenta anos a Israel, e experimentou por fim o declínio, e viu que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol…
Quando estamos fora da vontade de Deus o que quer que tenhamos não terá proveito. O Prazer é um terreno incógnito para nós.
Paulo, o apóstolo, chegou à mesma conclusão “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. É necessário crescermos, amadurecermos e dominarmos os nossos impulsos.
Tudo aquilo que nos “refrigera”, sem que nos distraia ou diminua o nosso interesse do Propósito Final da nossa vida, nos é lícito. É preciso termos um propósito, um objectivo, um rumo. Por vezes nos perdemos em sentidos periféricos, em vez de nos concentrarmos no Foco Principal.
Deus dá-nos dons específicos para uma missão específica. “Qual é a minha, Senhor?” Em Mateus 5 Jesus diz que somos a Luz do Mundo para fazermos as obras de Deus. Isto é num sentido geral. Mas especificamente cada um de nós tem de saber qual a sua “especialidade”.
Jesus resumiu a Lei em dois mandamentos. Um é a base do outro, e o outro é imperativo do primeiro. Eu não posso violar estes dois mandamentos, mas defini-los bem na minha mente e no meu coração. Preciso não me esquecer da minha identidade como filho e a minha missão como servo de Deus.Isso é adoração.
Davi, em 1 Crônicas, estava num momento sedento e o seu servo arriscou a vida para lhe trazer água. Davi não bebeu aquela água que lhe daria prazer, refrigério e aumento de forças. Recusou-a dizendo,”Não me posso dar ao luxo desta água, porque não me é lícito, porque pôs em risco a vida de um homem”.
Tudo o que fazemos põe em causa o direito sagrado de outros. Nas decisões que tomamos, nada pode justificar aquilo que põe em causa a vida de outros.
Nos justificamos tantas vezes com o nosso carácter, mas vamos ser provados no nosso caminhar. Não queremos ser admoestados, corrigidos, mas a correção é um estímulo ao nosso amadurecimento. A correção deve estar enraizada na Verdade e no Amor. Virar as costas à correção é virar as costas a Deus.
Não há nada que nos dê maior prazer do que levar a “nossa avante”. Mas ela não pode pôr em causa a vida espiritual de outros. Ao lermos o Salmo 51, o arrependimento de David depois de ter sido confrontado pelo adultério com Bate-Seba e pelo homicídio indireto do seu marido, foi grande. O remorso vem da carne, mas o verdadeiro arrependimento vem de Deus.O remorso faz o homem se entristecer até à morte. O arrependimento segundo Deus, muda a sua conduta e traz-lhe nova oportunidade e vida. Provérbios 25:16.
Aquilo que alimenta a minha alma, não deve destruir a minha vida. Aquilo que é ilícito, distorce a realidade e desordena os “apetites”.
Há diferença entre o Prazer Verdadeiro e o Falso. O preço do Verdadeiro Prazer, é pago antes (foi pago por Jesus). O preço do Falso Prazer, é pago depois (por nós e por aqueles que nos estão próximo).
Quando chegarmos ao fim dos nossos dias, perguntaremos se dentro daquilo que realizamos, deixamos algum legado para trás. Vamos concluir se fomos levados pelos nossos sentimentos, ou se fomos guiados pelo Conselho da Palavra de Deus, que permanece eternamente.
Mizé Faria