Textos para meditação (Fp 2:12; Tg 4:8; Hb 2:1; 1 Re 18:21; Is 35:3).
Neste ano novo, muitos crentes embaraçados continuarão do mesmo jeito, como o foram no ano passado. Uns na mentira, outros na discórdia, outro tanto no fingimento, nos negócios escusos, na fornicação e adultérios, além de continuarem na freqüência de suas igrejas – ostentando palácios de hipocrisia nos quais o Espírito do Senhor jamais habitará (Mt 23:27). Ainda como alvos da misericórdia de Deus terão visões, farão esboços de projetos, ofertarão, serão surpreendidos por revelações, receberão profecias, a ministração das Escrituras os despertará, os louvores tocarão suas almas e as circunstâncias da vida apelarão ao bom senso (como no caso do profeta Jonas), mas não mudarão (2 Pe 3:9; Jd v:12-16).
Não mudarão porque desenvolveram uma decisão procrastinada para servirem a Deus. Falta-lhes na verdade a bem aventurada esperança bíblica (Tt 2:13). Pensam encontrar no conformismo da fraqueza a justificativa para continuarem numa vida dupla – na igreja e no mundo ao mesmo tempo e isso não é possível (Hb 12:14). Nesses crentes inexistem atitudes de fazer agora o que Cristo deu exemplos no passado (1 Co 11:1); não mantêm a expectativa da chegada da vida eterna para hoje, pois alguns desses poderão morrer este ano (Lc 12:20; 1 Co 15:19). Falam de um evangelho bom para os outros, mas nada identificável a eles próprios; cantam de coisas que estão distantes de suas vidas, oram por causas avessas à vontade de Deus e se iludem num comodismo de atribuir o dever da mudança somente ao Senhor, enquanto as Escrituras proclamam: Arrependei-vos e convertei-vos (At 3:19).
Ser evangélico nesse país tornou-se moda, e em algumas sociedades até já traz algum status (Lc 6:26). Na mesma medida em que nos distanciamos do Evangelho de renúncias nos aproximamos das boas novas do deus deste século, que tolera contumaz pecadores no santo do santos da religiosidade aparente, mas de espiritualidade e moral decadentes. Os céus estão reservados para os inconformados e esforçados pelas coisas de Deus, e se você sob qualquer idéia teologizada de um Deus de amor que não condena ninguém, não se arrepender, confessar seus pecados, abandoná-los e voltar a viver sob a graça de Jesus e governo do Espírito (Pv 28:13; Rm 8:9), fatalmente estará condenado – pelo menos é isso que a bíblia diz (Jo 3:20-21; Lc 13:27; Ap 22:14-15).
Muitas pessoas tendem a mistificar datas, objetos e amuletos por símplice e inculcada superstição. Os crédulos nessas coisas ou foram influenciados por uma variada cultura popular de crendices ou desenvolveram “crenças de sorte” baseadas em experiências próprias ligadas ao uso de roupas, repetição de números, utilização de cores e tantas outras as quais atribuem o poder de atrair coisas boas e felicidade. Entre os evangélicos a prática não é esotérica, mas também existem algumas “crenças e determinações” para o início de cada ano – não que isso seja errado; mas definitivamente não são suficientes para provocar nada de novo, se a mudança não ocorrer na vida da própria pessoa – e geralmente a não mudança é fruto de falta de atitudes consistentes e acertadas – estar em Cristo é uma das boas (2 Co 5:17).
Todas as coisas que não produzem uma nova e segura direção para a vida de uma pessoa, servirão apenas como subterfúgios para a responsabilidade pessoal. É mais fácil atribuir ao inanimado, ao acaso e até ao sobrenatural à imposição do sucesso ou do fracasso, do que aceitar e admitir que as nossas decisões sobre escolhas e posturas são as responsáveis pelas boas e más experiências da vida (o tal do livre-arbítrio, você já deve ter ouvido falar sobre isso). Este novo ano não será diferente se eu e você também não formos diferentes. Alguém se achando muito espiritual poderá argumentar: e onde estará Deus em nossas vidas então, se a mudança é nossa? Ora, Deus está cuidando de nós e nos incentivando (Fp 2:13), têm o melhor pra nós, desde que lhe sejamos filhos obedientes (1 Pe 1:14; 1 Jo 3:1). De qualquer forma, sendo responsáveis ou atribuindo a Deus tudo, o princípio da responsabilidade e da atitude pessoais continuará inalterado (2 Co 5:10; Js 24:15).
Se cumprirmos o evangelho, se seguirmos a vontade de Deus, viveremos sob a bênção dEle, faremos mudanças, reformas, retoques e ajustes e Ele nos abençoará multiplicando os resultados de nossos esforços, ampliará o efeito de nossas virtudes, agirá sobre nossas fraquezas e manifestará o poder de Sua presença em nós – através de uma visível e notória transformação. As mãos do Redentor estão estendidas a todos aqueles que desejam viver um ano melhor junto à sua presença; pois faça isso e depois nos conte aqui. Que Deus te abençoe grandemente no nome poderoso de Jesus e que 2014 seja marcado por suas mudanças e pelos milagres de Deus em sua vida!