Nas minhas meditações, de hoje, desejo escrever-vos sobre “fastio espiritual”.
Isto vem a propósito de uma passagem no Evangelho de Mateus:
“Quem tem ouvidos para ouvir ouça, mas a quem compararei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes: cantamo-vos lamentações, e não chorastes.” Mt.15, 16.
A uma acção corresponde uma reacção. Jesus comparou aquela geração que não se alegrou com as Novas do Evangelho e nem se entristeceu com as coisas do mundo.
O que é que pode levar uma pessoa a não se interessar pelas coisas de Deus?
Ocorreu que quando o povo de Israel saiu do Egipto e entrou no deserto a caminho daTerra Prometida, naquêle deserto abrasador em que foi alimentado com Água da Rocha e com o Maná, o povo fastiou-se e desejaram a comida do Egipto, pelo que Deus não se agradou dêles I Co 10
Nos dias de hoje muito se tem procurado tornar a liturgia dos cultos mais apetecíveis. As músicas e as pregações teêm sido também usadas como para acordar de profunda letargia os sonolentos, na expectativa de um despertamento.
A resposta a estas questões é sair da rotina. A geração de Jesus estava doente de religião, bem como o povo que peregrinou no deserto estava cansado da mesmice e este é o problema de muitos de nós que perderam o primeiro amor. Este mal infiltrou-se na igreja, na família nos casais e na sociedade.
Pensei então porque é que nós sofremos de rotina? Porque a rotina traz o desconforto da repetição.
Orações repetidas, cânticos repetidos, mensagens repetidas por pregadores também êles sofrendo de rotina, deixam de ter interesse. Você que é cristão conhece Malaquias 3:10? Você sabia que se der muito vai ganhar muito?
Numa bela manhã Jesus se assentou num monte e falou a uma multidão dizendo-lhes entre outras coisas, o seguinte:
“Bem aventurados os que teêm fome e sede de justiça porque serão saciados” Mat.5:6.
Para ter fome e sede é só necessário não comer e não beber. Para ter fome e sede de justiça é preciso também padecer de muitas injustiças, a saber: Ser excluido, desprezado pelos amigos, ser perseguido por causa do nome de Jesus, ser criticado sem estar presente, estar doente, ser pobre e outras aflições desta vida. Todas estas tribulações Deus permite que passemos por elas para que desejemos chegar ardentemente à Fonte da Vida, o Senhor Jesus Cristo.
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo, João 16:33“.
Na sabedoria de Deus, sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues