Graça e Paz.
Quem matou Jesus? Esta questão, tem sido, ao longo da história, um grande motivo de desentendimentos. E procurarei dar a minha opinião, neste breve texto que teço com oração e que compartilho com os Companheiros do Caminho, a saber:
Uns consideram que quem matou Jesus foram os judeus e outros que foi o Império Romano, na tutela de Pilatos, Governador na Judéia.
No Livro dos Actos dos Apóstolos, Lucas escreveu o primeiro discurso de Pedro, afirmando, como está escrito:
“Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por Ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” At. 2:22 e 23
Antes de considerarmos a exegese do texto, gostaria de lembrar ao meu Amigo e Companheiro do Caminho que a morte de Jesus não foi um acto estóico. As lágrimas que Jesus chorou no Monte das Oliveiras que se converteram em sangue são o testemunho da grande angústia que diante do Pai implorando clemência por três vezes o fez. Também na cruz, o drama da morte e numa derradeira procura de quem o podia salvar continuou implorando ao Pai que se possível fosse passasse d’Ele aquele cálice, Lc. 22:42.
Quem matou Jesus, na verdade, foi o próprio Pai. Isto é comprovado pela exegese do texto do discurso de Pedro, acima referido de que “foi determinado pelo conselho e presciência de Deus”.
Porque razão o Deus e Pai matou o Filho amado? Encontramos esta resposta, nas Escrituras, pois era necessário que se cumprisse o que foi profetizado pelo sumo sacerdote, como está escrito:
“Vós nada sabeis, nem considerais que nos convem que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação”. Jo 11:49-51
O Pai foi o autor da morte do Seu Filho primogénito para que o meu Amigo e Companheiro do Caminho e eu, pela Sua divina graça mediante a nossa fé, nos vivificou e nos deu vida eterna, estando nós mortos em delitos e pecados, conforme Carta aos Efésios, capítulo 2.
O Pai não pode ser acusado de matar o Filho porque, no mesmo discurso de Pedro, está escrito: “Ao qual Deus o ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;” At. 2:24.
Outrossim, lembramos ao leitor de que Deus quando pediu a Abraão para que sacrificasse seu filho Isaque, este diligentemente se propôs a executar, o estranho pedido, porque muito amava a Deus. Também Deus muito amava a Abraão porque não lhe negou o seu próprio filho Isaque. Contudo, Deus não poupou o Seu Filho, como está escrito: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigénito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna, Jo 3:16“.
Casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues