Graça e Paz.
“Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da sua santidade, Sl 29:1 e 2“.
O convite do salmista em dar ao Senhor Glória e Força é o tema a que nos propomos reflectir e isto com a graça de Deus em nós.
Nós que somos pó, barro na mão do oleiro, eternos pedintes, somos desafiados a dar a Deu,s Glória e Força. Se não fosse um texto da Escritura poderíamos achar este estranho convite no mínimo um absurdo.
Afinal que Glória e Força temos nós para podermos dar a Deus?
Certa vez uma pobre mulher sírio-fenícia, procurou Jesus a fim de que Ele curasse a sua filhinha. Jesus respondeu, não respondendo e como ela insistisse com Ele, o Senhor então lhe disse que não era bom dar o pão dos filhos aos cachorrinhos. Então, esta mulher, cananeia, começou a dar Glória e Força a Deus com o poder da argumentação próprio de mãe que muito ama os filhos, dizendo-Lhe: Também os cachorrinhos comem as migalhas de pão que caiem da mesa dos seus donos. É preciso compreender que esta cananéia não se perturbou de ter sido chamada de cachorra, mãe de cachorrinhos, antes da ignomínia da sua pobreza tirou forças para dar a Deus Glória e Força de forma a entusiasmar o Rei do Universo a ir além de si mesmo e isto motivado pela extraordinária grandeza do amor demonstrado pela fé no Único que podia fazer o que seria impossível à face da terra.
Então Jesus, perante a resposta da mulher, rompeu com a Sua própria Palavra de Justiça, que não era bom dar o pão dos filhos aos cachorrinhos e como que fulminado pela palavra recebida de Glória e Força, concedeu a cura à sua filha.
Não sabemos o nome desta mulher sírio fenícia, mas é de considerar que ela evangelizou o coração do Filho do Homem aos gentios, ou, se preferir também poderemos considerar que nos desígnios de Deus todo aquele que “Pede receberá, aquele que busca encontrará e aquele que bate abrir-se-lhe-á” esta é a Lei que faz de um homem um gigante e de Deus o Ser mais amoroso do universo, porque embora “habite num alto e sublime trono também convive com o necessitado e habatido de coração” e este é o caminho de todo o peregrino que O busca, não voltará com lágrimas nos olhos mas sim com sorrisos na face de como aqueles que regressam a Sião.
Os miserere, alcançarão misericórdia e os orgulhosos e ricos serão despedidos de mãos vazias, cântico de Maria, Lc 1:46-56.
Casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues