Graça e Paz.
No próximo dia 9 de Dezembro, celebra-se o DIA DA BÍBLIA que este ano é dedicado aos jovens.Na Primeira Carta de João, está escrito:
“Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, porque a Palavra de Deus permanece em vós, e porque vencestes o Maligno. Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. Ora o mundo passa com a sua concupiscência; mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente” I Jo 2:14 a 17.
Por esta razão desejo testemunhar-vos, acerca do jovem, João Ferreira de Almeida, natural de Torre de Tavares, Mangualde, nascido em 1628, em Portugal. Órfão de pais, João, aos doze anos de idade, começa uma odisséia, preparando-se com o estudo de línguas e fervoroso na fé, aos catorze anos emigra para a Holanda. Nesse ano, viaja para o Sudeste Asiático, ao serviço da Companhia das Índias Orientais. No percurso entre Maláca e a Batávia, lê um texto em castelhano, Diferenças da Cristandade, que mudou completamente os conhecimentos sobre Deus, entenda-se, o pensar Católico Romano e o Protestantismo.
Inicia com catorze anos a primeira tradução da Bíblia para a língua portuguesa completando-a aos dezesseis anos de idade. Gostaria que os jovens considerassem que naquela época a escrita era à mão, sem a internet e os recursos de pesquisa no “Google”. Segundo os historiadores, João, utiliza a tradução de Reyna Valera, 1569, em castelhano. Também as versões latina de Beza, francesa de Genebra de 1588 e a italiana de Diodati de 1641. Posteriormente, estuda hebraico e grêgo para aperfeiçoar a tradução da Bíblia para a língua portuguesa. A dedicação de João à tradução da Bíblia, obrigou a uma forte disciplina e é de admitir muitas renúncias aos desafios do mundo na sua juventude.
Converte-se e é batizado na Igreja Reformada Holandesa. Naquelas paragens, onde as caravelas portuguesas tinham estabelecido contatos no século XVI, e onde a língua lusíada foi implantada. João Ferreira de Almeida estabeleceu congregações e a sua pregação, veemente, perturbou o catolicismo e foi-lhe decretado, pela Inquisição, o Santo Ofício, a sentença de morte em Goa, cidade do Estado da Índia Portuguesa.
O Maligno não venceu o jovem João e muitas foram as tribulações até ao dia da sua morte, inclusive um ataque de um elefante à sua integridade e de sua esposa. João Ferreira de Almeida é um exemplo de fé que fala depois da sua morte. Só no século XIX através da Foreign Bible Society e da American Bible Society, são distribuidos exemplares da Bíblia em Portugal e no Brasil na língua lusíada.
Jovens, creio que vocês podem no vosso entusiasmo promover um monumento à Palavra de Deus, na língua portuguesa e à memória de João Ferreira de Almeida.
Um abraço,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues