No mês de outubro comemoramos o Dia da Reforma Protestante. Já são mais de 500 anos de história em que nós, evangélicos, conseguimos resgatar alguns dos pilares mais fundamentais para a vida da Igreja, resumindo isso em cinco pontos, mais conhecidos no meio teológico como os “cinco solas”.
São eles o Sola Gratia (somente a graça); Solus Christus (somente Cristo); Sola Scriptura (somente a escritura); Sola fide (somente a fé) e Soli Deo Gloria (glória somente a Deus).
Mas, além desses cinco pontos, outra característica passou a nortear a postura dos cristãos protestantes, que é a pregação do Evangelho.
Pregar o Evangelho também é uma forma de protestar contra o pecado, a injustiça e a perseguição. Todos os cristãos têm o dever de fazer esse protesto, pois não há outro povo na Terra mais perseguido do que nós, começando por nossa raízes, em Israel, através do povo hebreu.
Assim, faz sentido o nome “protestante”, já que a sua origem do latim, protestari, significa “declarar em público, testemunhar”. Em Atos 1:8 está escrito: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”.
Se somos testemunhas de Cristo, como diz a Bíblia, isto significa que não podemos nos conformar com o erro, por isso também está escrito em Romanos 12:2: “Não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento”.
Todo cristão que entende isso e faz a sua parte na luta contra o pecado, onde quer que esteja, sofre algum tipo de perseguição. Isso acontece porque a verdade incomoda e expõe a natureza maligna da mentira. O próprio Jesus Cristo, que sofreu por isso, também disse que sofreríamos as mesmas coisas.
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa”, diz o Senhor no capítulo 5 do livro de Mateus.
Mas Ele também nos dá uma boa notícia: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”.
Com isso, aprendemos que apesar de todo cristão ser um protestante por essência, e por isso sofrer perseguição, ele também já é um vitorioso, em Deus. Nos resta, contudo, vigiar e refletir se como seguidores de Jesus estamos cumprindo o seu “IDE”, anunciando as verdades inegociáveis do Evangelho.
Finalizo, portanto, enfatizando a necessidade de nós, como igreja, protestarmos contra tudo o que se levanta contra a verdade. Essa responsabilidade está em nossas mãos também como cidadãos, enquanto profissionais, pais e mães; como eleitores das autoridades que nos governam. Protestar não é só falar, mas agir. Você tem feito a sua parte?