Historicamente, as mulheres desempenharam papéis cruciais na Igreja Primitiva e continuam a fazê-lo nas congregações contemporâneas. No Novo Testamento, encontramos exemplos notáveis de mulheres que foram seguidoras dedicadas de Jesus, como Maria Madalena, Marta e Maria, por exemplo.
Na igreja, a mulher cristã é frequentemente vista como uma figura de fé e serviço. Muitos ensinam que as mulheres são chamadas a viver vidas de devoção, amor e compaixão, refletindo o caráter de Cristo em suas palavras e ações. Elas participam de ministérios que incluem ensino, hospitalidade, cuidado pastoral, e muitas são fundamentais na educação de crianças e na gestão de atividades comunitárias.
Além disso, a mulher cristã é reconhecida por seu papel em cultivar valores familiares e espirituais dentro de seus lares e comunidades. Elas frequentemente lideram grupos de oração e estudos bíblicos, oferecendo suporte espiritual e prático aos membros da igreja.
Ao longo dos anos, muitos grupos religiosos têm debatido e, em alguns casos, ampliado os papéis das mulheres na liderança da igreja. Muitas mulheres agora servem como diaconisas, anciãs, missionárias, e, em algumas denominações, pastoras. Esta expansão reflete um reconhecimento crescente das habilidades e chamadas individuais, independentemente do sexo.
A Bíblia destaca o valor e a força das mulheres em versículos como Provérbios 31, que exalta a mulher virtuosa como alguém forte, digna de confiança e capaz de realizar tarefas diversas com sabedoria e diligência. As mulheres cristãs são assim chamadas a refletir estes atributos na vida diária.
Em suma, o papel da mulher cristã na igreja é diverso e vital. Seja ensinando, servindo, ou liderando, as mulheres continuam a impactar positivamente a vida espiritual e comunitária dentro da igreja, sempre guiadas pelos valores da fé, amor e serviço.
Feminismo destrói papéis e desvaloriza a mulher cristã
Dentro do contexto da igreja, vemos todos os aspectos do feminismo contemporâneo como potencialmente conflitantes com valores ou ensinamentos tradicionais, sendo os principais os pontos mais comuns de preocupação levantados por algumas igrejas.
Desafio aos papéis tradicionais
O feminismo defende a redefinição dos papéis tradicionais da mulher cristã, com intuito claro de gerar conflito entre papéis masculinos e femininos descritos na Bíblia, um choque com interpretações conservadoras das Escrituras que delineiam papéis específicos para homens e mulheres dentro da família e da igreja.
Ênfase na autonomia
Embora a autonomia individual seja valorizada, há casos em que essa ênfase pode ser vista como minando o conceito de comunidade e submissão mútua, que são centrais nas muitas interpretações cristãs das relações familiares eclesiais.
Interpretações progressistas da Escritura
Todas as vertentes feministas incentivam a reinterpretação de textos bíblicos de maneira que possa contrastar com uma abordagem mais literal ou tradicional, levando a debates teológicos sobre a autoridade e a interpretação bíblica, ou seja propositadamente o feminismo quer reinterpretar a Bíblia colocando um “deus mulher” para gerar feminino, pois não aceita que um homem seja o Salvador da humanidade, entende a história bíblica como machista e misógina.
Questões de Autoridade e Liderança
O questionamento das barreiras históricas ao acesso das mulheres a posições de liderança na igreja é um tema central para as feministas, elas não veem a parceria bíblica entre o homem e a mulher, a ajuda mútua e sim uma opressão masculina, tentando cunhar à força essa reinterpretação das prescrições bíblicas sobre liderança espiritual.
Foco em Questões Sociais
As questões sociais defendidas pelo feminismo estão focadas nas lutas por espaços LGBTQIA+, e querem por força que essas sejam também preocupações cristãs, não de acolhimento como já acontece, mas que sejam impostas como “direitos” sem que haja pregação sobre pecado, por exemplo, e sim a aceitação e não a transformação. É a cultura Woke querendo se impor dentro da igreja.
Outras temáticas polêmicas, como os direitos reprodutivos, contrastam fortemente com os ensinamentos tradicionais da igreja. A Igreja de Cristo defende a vida, a Santidade e não o sexo desenfreado e o aborto como defende o feminismo, que prega a libertinagem sexual com a finalidade de apresentar o aborto como maior direito da mulher.
Para a igreja verdadeiramente cristã, o foco está em encontrar um equilíbrio que valorize e promova a dignidade e o respeito por todas as pessoas, enquanto preserva os princípios e ensinamentos que consideram fundamentais à sua fé.
Neste contexto, como mulher cristã, defendo uma abordagem que apoia a mulher sem necessariamente adotar as posições defendidas pelo movimento feminista, e sim pelo movimento pró-mulher, pois cremos que há defesa da mulher fora do feminismo.
Dessa forma, o impacto do feminismo é extremamente negativo, não pode haver “diálogo” se todas as suas pautas destroem as tradições de fé, que aceitam mudanças, mas sem ferir princípios. O cristianismo tem se adaptado às mudanças sociais, mas nunca às mudanças que visam mudar princípios pois estes mantém o núcleo de crenças e práticas, que fazem parte dos princípios da fé cristã, e esses são imutáveis.