Pregar em praça pública, atualmente, envolve uma série de riscos ao cristão moderno. E como se isso já não fosse uma preocupação que devemos ter, os mesmos riscos que antes só víamos nas ruas, agora estamos vendo existir dentro das igrejas, através da cristofobia como uma ameaça à liberdade de pregação.
No último dia 5, por exemplo, a União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos - UNIGREJAS e o Instituto Brasileiro de Direito e Religião – IBDR, publicaram uma nota conjunta para comemorar uma decisão envolvendo o caso do pastor americano David Eldridge, que foi acusado de praticar “discurso de ódio” durante uma pregação evangelística.
A pregação, conforme notícia já veiculada pelo GospelMais, ocorreu durante um congresso evangélico da União das Mocidades das Assembleias de Deus. Naquela ocasião, o pastor David falava das consequências de quem não reconhece os seus pecados, citando como exemplo o pecado da prática homossexual.
Nesse contexto, ele afirmou que “todo homossexual tem uma reserva no inferno, toda lésbica tem uma reserva no inferno, todo transgênero tem uma reserva no inferno, todo bissexual tem uma reserva no inferno”.
Por causa desse trecho da pregação, a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas ajuizaram uma Ação Civil Pública contra o líder religioso, pedindo que a sua pregação fosse removida das redes sociais. Felizmente, o juiz da 22ª Vara Cível de Brasília, responsável pela análise do caso, discordou das acusações contra o pastor.
Em sua decisão, o magistrado deixou claro que “a afirmação de que pessoas não heterossexuais e transgêneros possuem ‘uma reserva no inferno’, constitui exercício legítimo do proselitismo religioso”, uma vez que “a pregação do pastor estadunidense baseia-se em uma interpretação da Bíblia de que todas as pessoas irão para o Céu/Paraíso ou para o Inferno”.
Alerta aos cristãos
É óbvio que há uma clara diferença entre incitar o ódio, violência e discriminação, e ensinar verdades bíblicas baseadas numa interpretação de fé. Se a Bíblia ensina que quem não reconhece seus pecados será condenado ao inferno, e que a prática homossexual é pecado para Deus, pregar isso abertamente não configura qualquer ilegalidade, pois o mesmo se aplica aos adúlteros, fornicadores, roubadores, mentirosos e etc.
Se trata, pois, de um ensino sobre salvação, cuja essência está justamente na inclusão, pois trata o pecador como sendo igual a todos os outros, inclusive eu e você. O ativismo LGBT+, porém, ignora essa realidade inclusiva do cristianismo, onde o amor e a compaixão são oferecidos indiscriminadamente.
Como resultado, o que os ativistas LGBT+ querem é impor a visão deles sobre a Bíblia, onde passagens são distorcidas e/ou ignoradas para dar margem ao estilo de vida homossexual. Como nós, cristãos históricos, bíblicos, não aceitamos essa heresia, consequentemente somos tratados falsamente como criminosos.
O objetivo do ativismo ideológico LGBT+ também é nos fazer calar por meio da intimidação. Essa é a função dos inúmeros processos judiciais, por exemplo, dos quais eu mesma fui vítima ao longo da minha carreira como psicóloga, onde sou conhecida por lutar contra a ideologia de gênero, aborto e descriminalização das drogas.
O mesmo vem acontecendo com pregadores do Evangelho pelo mundo, agora não apenas pelo evangelismo de rua, mas também por pregações em congressos e até nos cultos! Aos irmãos em Cristo, deixo aqui o meu alerta para que se mantenham firmes, cientes de que a perseguição produz perseverança e, principalmente, justificação.
É na Palavra de Deus que devemos nos ancorar, por isso finalizo a reflexão de hoje com a passagem de Mateus 5:10-12, como está escrito:
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”.