“Sempre que havia um reajuste [das tarifas] o Sérgio Cabral recebia prêmios da Fetranspor e ele distribuía esses prêmios entre a organização criminosa dele“, afirmou o procurador [da República] El Hage, em entrevista coletiva.
A frase acima citada pelo procurador da República Eduardo El Hage, por ocasião da prisão de empresários de ônibus no Rio de Janeiro, no último dia 03 de julho, mostra, mais uma vez e com clareza, como agia o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e seu grupo quando esteve no comando do estado do Rio de Janeiro.
Como foi denunciado pelo procurador, a atitude absurda e fria de Cabral nos traz espanto (mais um) e faz-nos lembrar das palavras do sábio rei Salomão quando expressou-se assim, em Provérbios 29.2b: “Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme”.
Os gemidos ouvidos hoje no Rio, advindos do aumento galopante da violência, fruto da total falta de investimentos na Segurança Pública, da escassez de recursos para pagar os servidores públicos ativos e inativos, da falência da Saúde Pública e da Educação e outros serviços prioritários, mostram o resultado nefasto do que é uma administração falida, mas cercada de muito marketing, comandada por um governo egocêntrico, sem nenhuma piedade e desalmado, cuja prioridade “obrigatória” parecia ser o “quanto pior, melhor”.
Ao se propor, como denunciado, a ganhar “prêmios” a cada aumento de passagem, o que atingiu, em cheio, o bolso do trabalhador, do assalariado, Cabral deixou bastante explícito todo o sentimento maligno e cruel existente em seu âmago, e que ficou escondido por muitos anos, e que não é diferente de muitos dos que governam sobre nós, algo execrável.
O ex-governador Sérgio Cabral seguiu, sem conhecer a Bíblia, o conselho que os amigos do rei Roboão lhe deram logo no início de seu reinado sobre Israel, após a morte de seu pai Salomão, conforme 1 Reis 12: “eu vos castigarei com escorpiões”. E assim como o reinado de Roboão foi um caos, ocasionando a divisão do reino de Israel, o que se espera é que essas revelações feitas pela Operação Lava Jato, e outras, possam ser um divisor de águas e figuras políticas de caráter ilibado se sobressaiam ainda mais no meio dessa balbúrdia política, enquanto os maus sucumbam com seus intentos maliciosos e energúmenos.