Uma das coisas mais marcantes ao longo da minha carreira, desde quando fui estudante até o exercício profissional, foram os momentos em que precisei assumir posições em ambientes aparelhados pela esquerda, algo que já compartilhei várias vezes em mais de duas mil palestras dadas pelo Brasil.
Trago esse assunto para o artigo de hoje porque considero extremamente importante entendermos o tamanho da nossa responsabilidade, enquanto cristãos, nas situações em que não podemos nos omitir.
Essa noção, aliás, tem sido alvo de ataques por parte de setores da esquerda política, uma vez que tem provocado uma espécie de união nacional da Igreja de Cristo em defesa dos seus valores, e isso já faz alguns anos, acompanhando a revolução dos meios de comunicação.
A Palavra de Deus é clara quando diz em Romanos 12:2 que o cristão deve ter em si, como essência, uma inconformidade em relação ao mundo no sentido de não aceitação das injustiças e tudo o que é originado do pecado contra Deus.
“Não vos conformeis com este século”, diz o texto, que em seguida declara de forma imperativa: “Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”. Ora, não se trata de um pedido, mas de uma ordem sobre inconformidade e transformação.
A passagem ainda condiciona a existência de uma vida correta ao conhecimento do que é “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, destacando que isso só é possível quando temos uma mudança de perspectiva, o que significa sujeição à vontade do Senhor como algo que parte de dentro para fora, daí a razão do “transformai-vos”.
Contexto cultural
Quando me refiro à coragem de ser cristão e assumir posições em ambientes aparelhados pela esquerda, isso tem tudo a ver com a inconformidade e o “transformai-vos” de Romanos 12:2, porque é aqui onde vemos quem é quem em matéria de compromisso com o Evangelho.
Se a inconformidade não é um pedido, mas uma ordem, precisamos assumir posição nas escolas e universidades, no ambiente de trabalho ou mesmo na mesa de bar, junto aos amigos; na festa da família e também nas eleições políticas.
A coragem de ser cristão, portanto, vem de uma transformação interna, racional, mas que se reflete nas atitudes que apontam para os princípios da fé em Cristo. Qualquer coisa fora disso é mero exercício de retórica e esterilidade espiritual.
Esse é o motivo pelo qual a Igreja tem incomodado tanto os “anticristos” da nossa geração, pois temos nos levantado enquanto povo de Deus, deixando claro que estamos inconformados com o pecado e não aceitamos ataques que visam destruir o que pregamos e cremos como verdades inegociáveis.
Concluo dizendo que não podemos relaxar, pois o mal não descansa e está a espreita querendo nos destruir. Devemos continuar nos posicionando, sempre, especialmente nos ambientes onde o aparelhamento ideológico da esquerda é gritante, e não apenas dentro das quatro paredes do templo.