No dia 7 de setembro o Brasil comemorará mais um aniversário da sua independência, conquistada em 1822 contra o Império Português. Desde então deixamos de ser colônia e passamos a ser um país livre.
Mas, apesar dessa liberdade já ter sido conquistada, existe outra que uma nação precisa se preocupar, e que também tem a ver com soberania: a espiritual.
Quando me refiro à liberdade espiritual, também estou tratando da ética e da moral. Neste sentido, como cristãos, não podemos enxergar esses assuntos fora do que a maravilhosa Nancy Pearcey chama de “cosmovisão”.
Na obra Verdade Absoluta, referência mundial sobre o assunto, a autora explica como a nossa visão enquanto povo de Deus não pode estar dissociada dos ensinos bíblicos.
Quero chamar atenção sobre isso no texto de hoje porque o Brasil atravessa um momento difícil, mas ele não é fruto do acaso. Ele também é produto da nossa visão enquanto povo, o que diz respeito a nós, cristãos.
Pearcey, por exemplo, aponta na obra que o fato de não nos envolvermos e tratarmos temas como a política sob a perspectiva cristã, além de produzir alienação, também resulta em impactos negativos para a sociedade como um todo.
Se o Brasil ainda hoje é conhecido como o “país da corrupção”, tendo sido ao longo de décadas aparelhado por ideologias que agora afrontam os valores da família, da fé em Cristo e da liberdade religiosa, isso também é resultado da nossa falta de atuação enquanto povo de Deus diante dos assuntos que afetam a nação fora das quatro paredes do templo.
É falta de compreendermos a importância e às implicações da cosmovisão cristã quando aplicada cultural, institucional e administrativamente em nível nacional.
Dito isso, será que podemos comemorar a independência do Brasil das potestades espirituais da maldade mencionadas pelo Apóstolo Paulo no livro de Efésios?
Como Igreja de Cristo, sabemos que só Jesus pode nos dar essa independência, mas para isso devemos pôr em prática em todos os campos da sociedade (cosmovisão) a passagem de 2 Crônicas 7:14, que diz:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.
Com isso em mente, que o próximo dia 7 de setembro seja um dia de comemoração e manifestação em prol do Brasil, sim, mas acima de tudo pela independência que só Jesus pode nos dar.
Que a Igreja esteja de joelhos e agindo, clamando por libertação em todos os níveis da sociedade, a fim de que possamos ser um povo realmente livre, próspero e justo, não só politicamente, mas principalmente espiritualmente.