Eles são jovens. Estão entre os 20 e 30 anos de idade. São articulados, buscam conhecimento e certamente gostam de mídia digital.
A web lhes trouxe oportunidades que antes nunca imaginariam ter. Alguns são até “famosos” entre seus seguidores e outros aspiram por um posto entre os mais comentados ou quem sabe um lugar nos trends do Google.
Escolheram a Teologia Sistemática como pauta de discurso e de defesa. Aparentemente parecem estar defendendo a própria fé, mas é exatamente nisto que se encontra seus maiores conflitos.
Apesar de serem até certo ponto admiráveis em seu desejo de defesa, estes jovens (que na maioria das vezes são teólogos caseiros sem a práxis e a vivência do Serviço) tornaram-se repetidores de teorias e argumentações fracas que, nas palavras de Caio Fábio, perderiam para qualquer retórica de filosofia secular (imagine para o Evangelho!). A mim me parece, no entanto, que são apenas meninos e que esta fase vai passar, se eles assim desejarem.
O Evangelho não se limita as doutrinas sistematizadas por homens do passado que como nós também buscavam compreender melhor a revelação.
Alguns dos teologuitos se perdem em sua própria arrogância. Talvez a arrogância da juventude, alguém dirá. E se assim for, o tempo os ajudará. Mas se não, poderão enfrentar crises durante sua caminhada cristã. Houve o famoso caso de um desses jovens que havia perdido a alegria da vida pois sua fixação pela predestinação havia transformado Deus num ser ariano e nazista. (Veja mais no link deste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=eI69sNKGESw)
Não é possível colocar Deus numa caixinha! O absurdo do Evangelho é encontrado na Graça de Deus.
Muitos são os que hoje se chamam secretários de Deus. Eles gastam horas e horas escrevendo e discutindo quem vai para o céu, quem morreu sem Jesus, que nação foi predestinada para ser rica ou pobre e etc. Porém, as letras devem estar fazendo-os delirar visto que só o Senhor conhece o coração do homem.
Sirva ao Senhor com alegria e deixe que Ele se preocupe com o resto:
Aparentemente é mais fácil rotular, encontrar os erros dos que estão sinceramente no Serviço do Mestre (exclua a maioria dos “midiáticos aqui”) do que por a mão na massa. Agora que estou de volta à fronteira (Oriente Médio), constato que o chamado “avivamento brasileiro” não passa de saliva. Onde estão os missionários brasileiros? – É o que me perguntam os líderes da equipe e da igreja local. Não respondo muito, mas sei que estão dentro das igrejas e nos eventos. E muitos na internet, videologizando, blogueirando e teologizando o velho como se fosse “a última revelação” (nada contra os vídeos e blogs, mas contra o discurso vazio e infantil). Seja como for, não estão atendendo aos desafios das nações, pelo menos não aqui.
Aos jovens teólogos deixo meu desafio: Junte-se a mim entre as nações, ou sirva ao Senhor. Ao invés de tentar adivinhar quem foi predestinado para ser salvo, que tal pregar o Evangelho a toda Criatura?
Com amor, da fronteira,
Miss. Raquel Elana