Embora no mundo ela exista desde os anos 90, aqui no Brasil a Ideologia de Gênero (IG) começou a ganhar força desde 2005 no mundo acadêmico, voltado inicialmente para educadores, com uma série de programas promovidos por universidades de formação de professores, que começa por cursos de pós graduação, mudança de curriculum da licenciatura de pedagogia, obrigando os alunos a participarem de aulas sobre o tema com promoção de prêmios para professores e profissionais pelo Brasil que divulgassem a cultura da igualdade implantando essa ideologia chamando de “construindo a igualdade de gênero no Brasil”.
Há também iniciativas de ONGs que buscam complementar a formação de professores, com autarquias de profissões como a psicologia que defendem como militância esta questão, temos a mídia através de novelas e programas que tentam em seus roteiros implantar por meio de alienação midiática essa ideologia.
O Brasil foi um dos primeiros países a seguir essa orientação da ONU quando, em 2009, o presidente Lula assinou o Decreto 7037/2009 que aprovou o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Em seu eixo orientador III, diretriz 10, objetivo estratégico V, ação programática d, o Decreto estabelece a meta de: “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”. Ou seja, o Governo não quer somente o reconhecimento das outras configurações familiares e da diversidade sexual, como se propaga ao senso comum, mas a desconstrução do status de normalidade para a família tradicional, ainda contemplada na Constituição. (Professor Orley Silva)
Material didático e paradidático
Além disso vamos chegar na ponta com material didático e paradidático com a inclusão dessa terminologia sem o conhecimento dos pais, pois a intenção dessa ideologia é usar os alunos para educar os pais, ou seja, o governo pretende ser o educador sexual dos filhos, tirando o poder dos pais de ser a educação formal de seus filhos.
Plano nacional de educação
E temos a pior das cartadas desse movimento, e que foi a tentativa de incluir a ideologia de gênero no plano nacional de educação. No seu texto original constava essa ideologia em forma de lei por 10 anos, doutrinado as crianças a cerca dessa desconstrução das diferenças, criando crianças em gênero neutro, tirando assim em forma de lei a educação formal dos pais a cerca da sexualidade e a identidade de seus filhos, podendo até mesmo punir os pais que não concordassem com a forma como professores estariam ensinando essa ideologia., pais não poderiam, se quer questionar ou participar da elaboração dos materiais didáticos ensinados para seus filhos. O Congresso Nacional, depois de longos estudos sobre o tema, percebeu que esta política não poderia ser implementada no Brasil em forma de lei, pois em outros países onde foram implementados, apenas estava gerando conflitos de identidade e sociais, portando a matéria foi recusada por todo parlamento.
O Plano Nacional então, depois de sancionado, dá o prazo até julho de 2015 par que os estados e municípios adaptem seus planos, porém em conformidade com o plano nacional, federal.
A votação do Plano Nacional de Educação (PNE) no Senado, em 2012, e na Câmara dos Deputados, em 2014. Em ambas as casas legislativas a Ideologia de Gênero foi apresentada, por iniciativa do Governo Federal, mas rejeitada pelos dois plenários. O Congresso deu a seguinte redação final à Lei 13.005/2014, em seu art. 2, inc. III: dizendo que o Estado deve garantir “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”, sem, no entanto, especificar e/ou privilegiar grupos sociais.
Agora, a mesma matéria ressurge nas votações dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, trazida pelo relatório final da 11ª Conferência Nacional de Educação (CONAE), do Ministério da Educação (MEC). Este relatório comumente usado pelas prefeituras e estados para construírem seus planos, ignora a decisão do Congresso e faz 35 referências à Ideologia de Gênero.
Ao trazer de volta estas expressões, o texto do CONAE induz prefeituras e estados a também ignorarem à vontade do Congresso manifestada no texto do PNE. Além do mais, abre espaço nos planos educacionais para a inclusão do ensino da Ideologia de Gênero, no decorrer dos 10 anos de validade desses documentos
O MEC e as secretarias estaduais e municipais de educação realizam cursos para a formação de professores em cooperação com universidades, movimentos sociais em defesa dessa causa e editoras de livros didáticos e paradidáticos. Mesmo sendo notório que o assunto choca e incomoda uma parcela considerável de pais, alunos e professores que se sentem indefesos diante da força de imposição que esta visão opera no sistema de ensino. Prof. Orley Silva
O QUE TEMOS QUE QUESTIONAR É:
1.POR QUE uma ideologia sem consenso na sociedade e na Ciência, mesmo nos campos científicos nos quais estabeleceu, ganha status de verdade absoluta a ponto de influenciar leis e forçar a mudança de paradigmas sociais cristalizados.
2.Uma ideologia que embora trate do corpo, não se firmou nos estudos biológicos e genéticos, mas acomodou-se nas ciências sociais e humanas, sobretudo nos limites do discurso e do comportamento.
3.Uma ideologia que não consegue se equilibrar no critério cartesiano de verdade. Que para vestir-se no manto científico, orienta-se nos terrenos movediços do desconstrutivismo e do relativismo filosófico. Muitos dos seus achados importantes vieram pelo método científico de pesquisa-ação, que é livre de preocupação objetiva e predominantemente subjetivo como nenhum outro método.
Este é, aliás, um método científico ideal para a pesquisa engajada e de legitimação para a militância de causas.
A educação sexual formal dos pais, está sendo por força de lei, sendo retirada dos pais. Não é papel da escola ensinar sexo para crianças, e sim se ater em campanhas que promovam o respeito mútuo e não promover a perseguição religiosa, para a maioria da população do Brasil, visto que pelo menos 90% tem tradição religiosa.
Podemos sim ensinar, o respeito, sem impor comportamentos e isso é o que muitos estão já fazendo com a ideologia de gênero nas escolas. Há inúmeras reclamações de cartilhas, erotizantes, de conteúdos erotizados já ensinados nas escolas, e gerando uma confusão nas famílias brasileiras.
Por isso, ela foi rejeitada pelo Senado e Câmara dos Deputados, não por questões religiosas, mas por questões de direitos da garantia da pluralidade sexual defendida, que não é respeitada na IDEOLOGIA DE GÊNERO.
Escola não é lugar de doutrinação, e a conquista por direitos se explica e se justifica respeito a pluralidade e as diferenças, e é justamente essas diferenças que querem excluir.
Tragicamente estas ideias encontram adesão na sociedade e na mídia, seja pelo dogmatismo que bloqueia a reflexão para além da dita “pluralidade sexual”, seja pelo alarmismo das propostas que serve à disseminação do medo frente as verdades e evidencias que embora se queira não podem ser mudadas.
Os argumentos usados, embora neguem retoricamente a “ditadura da liberdade sexual”, o preconceito contra a sociedade que sim é conservadora em alguns princípios e quer ser respeitada por isso não avançam além de uma tentativa maldosa de desconstrução do modelo tradicional de família que já reflete sim a realidade societária, mas que é ignorada por essa ditadura de gênero.
A negação de toda e qualquer referência às diferenças dos sexos, reflete não só uma minoria anarquista, como também, um ataque aos valores democráticos.
Trata-se da negação da existência de um pensamento que agride a verdadeira estrutura da sociedade, este caráter ideológico, naturaliza a carga histórica de violência e exploração sexual das mulheres pois não reconhece, as diferenças e as lutas por respeito que deve se dar justamente pelo respeito e reconhecimento das inúmeras diferenças entre os sexos. As violações dos direitos humanos acontecem, porque essa sociedade minoritária para conquistar seus direitos, nega existências das diferenças e é por ela, que temos que lutar. Nós mulheres lutamos acima de tudo por respeito, neste sentido Gênero desse ser observado e aplaudido, quando é usado no seu devido lugar de origem.
Dados do Ministério da Saúde apontam que de 1980 a 2011 cerca de 100 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, quase a metade delas na última década. De acordo com registros do Sistema único de saúde, em 2011 foram mais de 70 mil atendimentos às mulheres vítimas de violência, sendo que 71,8% das agressões foram cometidas na própria casa. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, a cada hora, um homossexual sofre algum tipo de violência. Em 2011 foram registrados 1.159 casos, e, em 2014 o número saltou para 6,5 mil casos. Os jovens são as principais vítimas, 33% das ocorrências.
O respeito à igualdade civis, sociais entre os gêneros (masculino e feminino) quando ele se refere aos sexos biológicos deve ser pressuposto de uma nova sociedade mais justa, não por ambas serem princípios ideológicos mas por romperem o obscurantismo e denunciarem a realidade de opressão e violência que preservam as relações de dominação e a estrutura de poder.
Nós mulheres atuais, NÃO nos sentimos representadas por esta ideologia, pois vemos ao longo da história que nosso direito de sermos amadas e respeitadas pelo sexo oposto, como mulheres que somos, tem sido totalmente desconstruído por feministas que não nos representam. Logo essa ideologia de gênero não nos representa, apenas rouba nosso lugar conquistado ao longo de uma história de sacrifícios. A ideologia de gênero atual, não faz parte da luta feminista e sim da luta LGBTTS.
Devemos separar as coisas, pois são diferentes, mas devemos sim discutir como respeitar a todos, a toda diversidade, porém sem a necessidade de conflitar papeis sexuais ou conflitar a identidade sexual de ninguém. Isso sim é luta legítima pela igualdade de direitos, por respeito a diversidade seja ela qual for.
O que a sociedade não aceita mais, é essa desconstrução e manipulação linguística de discursos que mascara e camufla as verdadeiras intenções. Se buscamos respeitos devemos deixar a mostra todas as nossas intenções e objetivos, somente dessa forma as claras vamos conseguir uma sociedade justa onde todos têm seus espaços, seu direito, sem tirar direito de ninguém ou privilegiar alguém.
É uma discussão construída quase que exclusivamente para vender homofobia travestida de preocupação parental. E você pode convencer um pai de qualquer coisa, se ele acredita que o futuro do seu filho está em perigo
Questão espiritual o que a fé em Deus nos diz?
Um dos maiores perigos da IG é o imenso espaço que se abre para o subjetivismo moral e sexual. Se ninguém nasce, mas se “faz” homem e mulher ao longo da vida, alguém poderia passar de um lado sexual para o outro a qualquer momento. “Seria uma esfera total do relativismo, da mudança de caráter, bem como daquele caráter absoluto de Deus Criador. Se eliminássemos a possibilidade de que Deus nos faz homem e mulher, diríamos que Deus é completamente ambivalente, que cria e recria de modo diferente”.
A Ideologia de Gênero abre essa brecha para dizer que tudo é completamente permitido e completamente moral. Perderíamos o valor essencial e maravilhoso da nossa identidade: Deus nos criou seres únicos”
A Explicação teológica no meu entender está em II Timóteo 4:3-4: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.
Este artigo faz parte do livro “DESCONSTRUÇÃO FAMILIAR – Ideologia de gênero”, de Marisa Lobo.