Você já reparou que o discurso dele é sempre o mesmo? Começa com alguns eventos da sua trajetória de vida, suas conquistas, lutas… tudo muito louvável se não houvesse um toque de vitimização. Não é a primeira vez que percebo em sua fala este tipo de jogada.
O direito de ser, o direito de se expressar precisa ser respeitado. Por compaixão às famílias, as mães e aos pais que temem pela segurança de seus filhos homossexuais e que lutam por direitos igualitários, o preconceito precisa ser banido. O preconceito em qualquer uma das suas expressões.
O problema é que a agenda política que Jean Wyllys cada vez mais revela não ter nada a ver com a luta do ser humano. É a luta de uma causa; uma causa muito mais abrangente.
No seu discurso recheado de palavras fortes ele quase convence à todos:
“…O que o Gospel+, GP, Silas Malafaia fazem nas redes sociais e em seus canais no YouTube é midiativismo. Aliás, um midiativismo nefasto pra mim, que sou diuturnamente difamado por esses meios de comunicação”, criticou.
Quanto ao midiativismo, podemos sim concordar. Os portais evangélicos e demais blogueiros cristãos desta nação estão exercendo um o genuíno exercício de liberdade de informação e expressão como na definição que vemos abaixo:
“Midiativismo trata-se do mais genuíno exercício de liberdade de informação e expressão, aquele que é produzido por muitos, por quem quiser, e publicizado no “não-lugar” das redes, o campo aberto cujos limites ainda não são definidos por interesses desta ou daquela empresa de comunicação”.
Opinar, discordar e criticar são nossos direitos constitucionais.
Quanto à difamação vamos ter que discordar, pois nunca vi neste site ou em outros, seja em artigos ou matérias qualquer associação direta de Jean Wyllys com a pedofilia, já que ele disse que é assim chamado. Aliás, o que se vê muito são as trocas de farpas protagonizadas por ele e seus “inimigos”, geralmente iniciados por citações diretas.
Democratizar ou censurar?
Os grandes ditadores mundiais tiveram algo em comum: carisma e perspicácia no uso das palavras. Assim, leis que coíbem liberdades individuais são aprovadas sob o nome de segurança nacional. É só ver o exemplo de leis que combatem o terrorismo nos Estados Unidos e que a cada dia invadem mais e mais a privacidade dos seus cidadãos. Aqui no Brasil já vemos o mesmo. O que Wyllys chama de “democratização” dos meios de comunicação é nada menos do que controle e censura da informação, especificamente em se tratando de programas evangélicos na televisão. E ele não se preocupa em esconder isso. Veja parte da matéria de Tiago Chagas no Gospel+:
“A jornalista Keila Jimenez, da Folha de São Paulo, noticiou sobre o tema em sua coluna no site do jornal: Movimentos sociais estão fazendo um abaixo-assinado para apresentar um projeto de lei na Câmara dos Deputados que garanta a democratização dos meios de comunicação. Entre os pontos do projeto, de iniciativa popular, está a proibição do aluguel de horários nos canais de televisão, fonte de renda de várias redes, que faturam com locação de espaço para religiosos”, escreveu Jimenez”.
“Realizamos uma audiência pública na Câmara sobre o projeto popular de democratização dos meios de comunicação e, nesta audiência, declarei meu apoio para aprovar esse projeto, da mesma maneira que lutamos por um código civil da internet que garanta neutralidade e a privacidade: pontos fundamentais para a democratização dos meios de comunicação […] Independente do projeto ser aprovado ou não (ou quando ele será aprovado) há uma democratização dos meios de comunicações em curso”, afirmou o deputado’.
Agenda de Wyllys revela planos além dos direitos dos homossexuais
Não precisamos necessariamente identificar os projetos apoiados pelo Lobby que está atrás do deputado com algum partido em particular, pois creio que a agenda que ele apresenta é de certa forma uma agenda mundial. Devemos, no entanto, tomar muito cuidado com qualquer político e representante do povo que chame a censura de democracia e que use direitos humanos como plataforma política.
O que Jean Wyllys parece não querer entender é que nem todo cristão é fundamentalista e fanático como ele insiste em generalizar e que nem todo homossexual é um militante da causa. Aliás, o que muitos querem ter são seus direitos assegurados por lei.
O que Jean Wyllys não tem interesse em entender é que qualificar a prática homossexual como pecado não nos faz incitadores da violência. Ao contrário, por séculos os “verdadeiros” seguidores de Jesus de Nazaré tem sacrificado suas vidas para transformar o mundo. Eu, como missionária por tantos anos, sou testemunha viva desse amor que parece não poder ser entendido por muitos. Fundamentalistas e extremistas existem em todas as religiões e ideologias, inclusive na causa gay.
O que Jean Wyllys não vai entender é que a Igreja do Senhor Jesus Cristo muitas vezes é mal representada na mídia, mas sua mensagem é de paz. Ela existe e nunca deixou de existir em mais de 2000 anos de História e não vai parar seja por causa de mal testemunhos ou projetos de lei.
Comunidade LGBT e suas diversas correntes:
A personagem, ex colunista da Revista G e comediante brasileira conhecida como Nanny People declarou durante entrevista no Programa de Danilo Gentili sua opinião sobre a Marcha do Orgulho LGBT, conhecida como Parada Gay. Segundo ela, quem quer respeito, adquire em casa. Creio que isto resume muita coisa.
Ao Jean que está lendo esta coluna e nos acompanha nossa oração pela paz. Paz no Brasil e paz em seu coração.
Confira matéria completa: http://noticias.gospelmais.com.br/tv-jean-wyllys-apoio-projeto-proibe-programas-evangelicos-62900.html