Existem pessoas mal assombradas?
Não tenho a menor dúvida. Sim! Conheço gente que é a própria assombração.
Essas pessoas têm marcas e características inconfundíveis; a saber:
- Uma visão negativa da vida e das pessoas em geral.
- São ressentidas, e capazes de guardar sentimentos de vingança a vida toda.
- Alegram-se quando vêem o que elas acham ser “justo”, recair sobre outras.
- Sentem-se frequentemente diminuídas em relação aos outros. Por isso, são invejosas.
- Imaginam que todo mundo as vê; e que há um complô contra elas. É uma síndrome de importância que visa cobrir seu próprio dês-valor pessoal.
- A semelhança de camelos são capazes de passar pelo deserto da existência ruminando ódios…
- Frequentemente usam a causa da verdade e da justiça a fim de encobrir as reais motivações de seus corações amesquinhados.
- Usam a língua para separar pessoas, e têm estranha satisfação naquilo que chamam de seu próprio “DIREITO & JUSTIÇA”.
- Em casa não descansam. Andam sempre angustiadas por alguma coisa “errada”, em algum lugar…
- Em geral tiveram uma relação ruim com o pai, mas também pode ter sido com a mãe.
- Têm em casa sempre alguém que os trata como coitadinhos…
- Sentem-se mal-amados pelo sexo oposto, visto que ninguém os suporta muito tempo; e, quando acontece, é porque aquele (a) que se tornou parceiro é igualmente doente ou tendente a se viciar no mal do outro.
- Seus olhos nunca dão chance ao que é bom; pois, estão sempre apostando no que é mal.
- Parecem normais e funcionais; porém, dissimulam muito bem seu próprio estado de conturbação, fazendo a energia de sua própria confusão ser confundida com justicismo.
Ora, eu teria muito mais a dizer sobre esse tipo, tão comum em todos os lugares!
Tal pessoa anda na beirada da doença mental, e, se não mudar seus vícios existenciais, mentais e psicológicos — haverá de caminhar celeremente para um estado cada vez mais enraizado de doença na alma, com devastadoras conseqüências, especialmente para a vida de outros.
Tais pessoas acabam criando suas próprias assombrações. Daí ninguém sadio conseguir viver ao lado delas!
Sim! Para essa gente não precisa haver diabo, pois, elas próprias, fazem esse papel com estranha satisfação — ainda que mascarada de religião, moral, justiça ou direito.
Pense nisso!
Por Caio Fábio D’Araújo Filho