“Reavives o dom de Deus que existe em ti.”
(2 Timóteo 1:6)
Paulo fez três grandes viagens missionárias. Na segunda, quando visitou uma cidade chamada Listra, conheceu Timóteo, filho de uma judia messiânica com um grego. Ele se destacou tanto que, depois de Paulo se separar de Barnabé, o escolheu para ajudá-lo. Timóteo era muito jovem, mas um dos mais leais do time. Seu currículo ajudou o apóstolo a fundar as Igrejas de Filipos e Tessalônica. Ele acompanhou seu tutor a Atenas, Corinto, Roma e Ásia. Pastoreou a Igreja de Éfeso, uma das maiores e mais problemáticas.
O trecho acima, porém, nos choca, pois traz uma exortação: “Reavives o dom de Deus”. Se Paulo mandou reavivar, é porque estava morto. Alguns devem estar se perguntando: “Afinal, o que aconteceu com Timóteo?”. O apóstolo se mostrou preocupado, pois sentia que seu discípulo estava abalado e precisava reavivar o dom que recebera do Senhor. O verbo empregado (reavivar/despertar) envolve manter a chama do fogo acesa. Por algum motivo, Timóteo se esqueceu das capacitações que recebeu do Pai e de que o Espírito Santo habitava nele.
Apesar de suas qualificações, Timóteo tinha problemas de saúde, dores no estômago e era emocionalmente instável, se desanimava. Talvez, pela pouca idade e pelo tamanho dos desafios. Ou então, depois de tanto lutar contra as enfermidades, cansou de viver frustrado e sobrecarregado. Não é semelhante ao que, por vezes, acontece conosco? Há ocasiões em que deixamos a chama diminuir a ponto de se apagar. Abalados, nos esquecemos da alegria de nossa conversão, do dia em que nos batizamos e das experiências que vivemos com Deus.
Quando nos sentimos fracos, precisamos lembrar que temos o poder de Deus em nós. Ao experimentarmos a solidão, devemos nos recordar que o Pai nos ama. Por isso, mantenha a chama acesa. Faça como Paulo aconselhou a Timóteo: tome posse do poder do Senhor que foi derramado em sua vida pelo poderoso sacrifício de Cristo no Calvário.