“E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas”. Simão Pedro
Essas palavras de Pedro são tão claras, mas, ainda assim, parecem não surtir efeito esclarecedor algum sobre as mentes obscurecidas pelas sombras da ignorância e da crendice (superstição).
É quase inacreditável pra mim ver a sucessão de fatos escandalosos envolvendo o comércio da fé, sobretudo, pelo fato de observar que as ovelhinhas continuam a cair nas maracutaias dos lobos.
Aliás, como tem ovelhinhas suscetíveis neste Brasil!
Somos um terreno fértil pra esse tipo de perversão de valores, de infidelidade espiritual. Sim, é assim que vejo a usurpação da vocação pastoral em nome do enriquecimento pessoal. Perversão porque é fruto de maldade intrínseca, de uma moral fraca e infidelidade porque é, de fato, uma traição horrorosa contra Deus e contra a boa fé das pessoas. Crime!
Mas esse tipo de crime, que acontece motivado por avareza, ou seja, o amor idólatra ao dinheiro, é sustentado por coletivos ignorantes, sem conhecimento de causa, completamente desinformados desse tipo de atuação criminosa, fundada sobre a deslealdade.
Chamo de ignorância para que se faça um contraste com a inocência, porque o povo não é inocente. Que fique bem claro, inocência não é a mesma coisa que ignorância!
O Jardim do Éden, aquele sim era o Jardim da Inocência! Lá não havia informação, pois não se tinha conhecimento do bem e do mal, mas a igreja, esta que vive neste mundo podre e corrupto e se torna Jardim da Ignorância pra muitos.
Por quê? Porque temos acesso a todas as informações, sabemos interiormente de nossas próprias maldades e das possibilidades da maldade alheia. Ou nos esquecemos que estamos de pé, cuidando para não cair?
Essa inocência fingida, na verdade, é fruto de um sonho estúpido e pueril que sustentamos, criando uma expectativa bestial de podermos viver neste ‘sistema de coisas’ como se estivéssemos no Éden, nus, plenamente disponíveis, com aquela cara de felicidade tola estampada no rosto.
Essa ignorância tem raiz em nossas crendices e superstições! Criamos um mundo fantasioso em nossas mentes e o chamamos de igreja. Um mundo cheio de ilusões, um “País das Maravilhas” que mais se parece com uma viagem lisérgica que no fim, inevitavelmente, vira pesadelo. Pois o final de toda ‘viagem’ artificial traz consigo uma rebordosa e uma nóia! Após toda euforia psicotrópica, vem uma depressão de brinde!
Crendice! Ópio do povo! Não sejam tolos, abram os olhos. Até quando vão ficar sustentando com seu suado dinheiro a avareza e os sonhos megalômanos de “líderes”, que sofrem da síndrome de Abraão Tupiniquim? “Pai de multidões te farei, filho meu…”
Os piores cegos são os que não querem ver, justamente, porque preferem a felicidade utopista, fake, psicotrópica da ignorância, a mãe da felicidade, dizem.
Abandonem esse ópio enquanto é tempo. Deus, Jesus e seu Espírito são lindas verdades essenciais, mas, para que suas ideias se materializem e seu Reino venha sobre nós, precisamos todos passar por choques de realidade. Para alguns, significa passar por um duro processo de DESINTOXICAÇÃO!