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Aos desfibrados, o governo adequado

Comments (3)
  1. Marcos Vasconcelos disse:

    "Essa ânsia em recorrer a soluções baseadas na coerção estatal (gosto do termo ‘estatolatria’) faz com que o brasileiro, seja, no fim das contas, tratado como um retardado mental que precisa ser orientado pelo estado-babá, o Leviatã-paizão. Mais uns anos e a batata frita será proibida. Aguardem. O xaropão do Dráuzio está aí para isso."

  2. você tem toda a razão mas acho que simplificou um pouco a responsabilidade do Estado. Se pagamos impostos, é justo que reivindiquemos melhorias, serviços e deveres. Seu discurso está em sintonia com o discurso neoliberal, o que é um perigo, se pensarmos que os direitos do cidadão estão cada mais sendo achatados. Essa dimensão de nossa vida não pode ser menosprezada nem supervalorizada.

  3. Renato disse:

    Gostei bastante do texto. Acredito muito nos direitos “negativos”, como ter do direito de não ser assassinado, não ser roubado, não ser torturado, não ser preso sem motivo justo, não ser impedido de andar ou trafegar pelas vias públicas, não ter minha casa invadida sem que haja reais evidencias de que eu tenha cometido um crime grave, não ser impedido de expressar minhas opiniões, não ser impedido de expressar minhas crenças.

    Mas não confio muito em direitos “positivos”. Se o estado disser que tenho o direito obrigar outros a “me aceitarem”, quer dizer que o mesmo estado tem o direito de me obrigar a concordar com pessoas com as quais eu não concordo. Se o estado disser que eu tenho direito de “receber dinheiro público”, quer dizer que o estado se sentirá muito livre para tirar o meu dinheiro em qualquer proporção que ele queira. Direitos “positivos” são enganosos, o estado dá com uma mão e tira com duas.

    Neste aspecto, penso que os cristãos deveriam dar o exemplo, assumirem ao máximo a responsabilidade por suas próprias vidas e pelos irmãos que estiverem em dificuldade. Quanto mais as pessoas se governem a si mesmas, menos darão espaço para que o estado se torne totalitário. Quanto mais as comunidades cristãs cuidarem dos seus pobres e ajudarem os seus vizinhos, menos as pessoas buscarão pelo “big brother” (quem não entendeu, leia Orwell).

    Os israelitas desprezaram a Lei do Senhor, não ajudaram o pobre a viuva, se prostraram diante de ídolos e ofereceram seus filhos a eles. As coisas não iam bem, havia uma luta de todos contra todos, havia pobreza. Qual a “solução” genial que buscaram? Um governo forte e centralizado, e portanto opressivo. Samuel os avisou, mas não quiseram ouvir. Quem não tem domínio próprio, acaba sendo dominado por tiranos.

    1. Edson Camargo disse:

      Perfeito, Renato. Minha oração é para que cada vez mais cristãos no Brasil vejam o quanto estão perdendo com o agigantamento do estado e o quanto isso ameaça a igreja.

  4. vaninha correia disse:

    Adorei o texto, pena que a cada dia que passa, nós que pensamos dessa forma e queremos continuar sendo capazes de pensar, somos por vezes pessoas não gratas.
    Vejo que há uma grande comodidade por parte da maioria, pois é melhor jogar a respnsabilidade para outros, ao contrário de sermos responsáveis e assumirmos nossa própria vída.
    Uma coisa é certa: a desculpa de Adão e Eva continua sendo usada até hoje, o pior é até na igreja escuto coisas bem politicamente corretas e bem simplistas, do tipo: a violência é culpa da miséria, quando distribuirmos mais bens, as pessoas não estenderão suas mãos a iniquidade.
    Realmente!!! o principe deste mundo está poderoso a cada dia.
    espero ler mais textos como este, livre de qualquer frase feita, pois o seu texto é um tapa na cara de quem gosta de autocomiseração.
    parabéns!!

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