“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura”. Isaías 55:2
Enche meu coração de pena ver uma geração inteira gastando suas vidas e esperanças em coisas que não dão retorno algum. Falo daqueles que nunca conseguiram se encontrar com o verdadeiro pão, que alimenta o espírito humano, gerando novas aspirações e sonhos que alavancam suas almas para a eternidade.
Existem muitas pessoas vivendo alheias ao eterno, ao Reino do Espírito, paralelo a tudo o que está aqui no campo visível e tangível dessa humanidade que concorre para a autodestruição.
Interessante que é possível viver alheio a Deus e sua revelação até mesmo estando dentro daquilo que chamamos de Igreja. Nominalmente, existem muitos cristãos no Brasil e ao redor do Planeta que, espiritualmente, não chegaram as nascer de novo para uma nova ordem e um novo sistema vital.
Vivem dentro de um grupo, fazem parte de suas liturgias e programações, praticam boas obras, contribuem com seu dinheiro, ajudam a construir seus templos e votam nos seus candidatos nas eleições, mas quando estão diante do ‘profético’ ficam completamente perdidos e até mesmo revoltados por não entender a linguagem e as revelações das confidências divinas.
É assim que vejo uma manada humana marchando em suas romarias gospel, motivados por seus conceitos de certo diante de um mundo que se perde, mesmo que sejam parte integrante dessa mesma perdição. Agarrados a cordas aparentemente firmes, sentem-se virtualmente seguros no meio de suas trevas a ponto de afirmar com toda convicção conhecer uma luz que nunca viram, senão, um miserável palito de fósforo que algum líder de um olho só acendeu, apontando para um lugar que o próprio nunca viu e nem sabe realmente se existe.
Como escravos no Egito, amassam barro, produzem tijolos, carregam pesados fardos de cimento e ajudam algum faraó moderno na construção de sua própria pirâmide social, discursando construir um templo que na verdade servirá como seu próprio sarcófago.
Assim, vejo coletivos de milhares e milhares de pessoas rumando de forma pesada para um lugar triste, pois a construção de toda sua vida era um túmulo glorificado, holístico, cheio de pompa, mas apenas um túmulo que abrigará a morte de um ídolo.
Assim são muitas igrejas!!
Por que estão gastando seu dinheiro naquilo que não alimenta? Por que trabalham naquilo que não satisfaz?
Porque não sabem, não vêem, não entendem, não sentem que se ligaram a um mediador de forma tão visceral que nunca conseguiram chegar perto do próprio médium, que é o Cristo – o único que liga homens a Deus!
Sua idolatria os torna parecidos com seus ídolos, os quais, tendo boca, não falam, tendo ouvidos, não ouvem, tendo olhos não vêem… tornaram-se mudos, surdos, cegos, ou seja, insensíveis ao profético, ao vivo, ao verdadeiro, ao místico, porque trocaram a Entidade Divina por bezerros de ouro que a imitam, mas que pode ser tocada e sentida, cujos profetas podem comprovar sua existência e eficácia.
Sim, bezerro de ouro funcionam, motivam, dão disposição ao povo pois ele é símbolo de prosperidade, de fartura e de glória humana, mas não passa de mais um Baal, mais um Mamóm, mais um Jesus criado a imagem e semelhança das concupiscências de nossa geração.
Abram os ouvidos e ouçam atentamente, disse o profeta Isaías, para que possam ter deleite com aquilo que é bom, que alimenta, que tem sabor de verdade.
Abram os ouvidos, pois a fé viva e verdadeira vem pelo ouvir!