Você até pensa que sabe o que ele é, onde ele “mora” na sociedade, ou ainda, quais são os preconceitos que vivem e residem em sua vida.
Outros, ainda fazendo guerra o defendem, batizando-o de “direito”, de “livre expressão” ou tentando amenizar seus efeitos, compreendendo em excesso suas causas…
E é tão amplo e tão maléfico este assunto, que temos uma tendência a renegá-lo apenas ao preconceito que conhecemos pelo senso comum; Ao preconceito absurdo; o que infelizmente chega às vias de fato, o que mata e agride a integridade física, ou o que denigre a nossa moral.
Daí repetimos os discursos interesseiros de lideres “cristãos” inescrupulosos, que vem a público negando Jesus Cristo, em suas posições. Repetimos e repetimos… até sermos vítimas deste mesmo preconceito.
Preconceito só sabe quem o vive.
Preconceito não é coisa de igreja, diga-se de passagem, mas lá ele não deveria existir de forma alguma, por razões óbvias.
Você que está no seio da igreja, inserido no “clã” evangélico, no “Fort dos separados”, não sabe o que é preconceito… Se soube um dia, a sua vivência e “testemunho” mostraram que você se esqueceu… Desculpe-me.
Você até tem uma ideia do que pode ser preconceito, por ter tentado pregar o evangelho e ter sido deixado de lado, mas sem dúvida alguma, creia: Você não está em alguma desvantagem…
Você está reunido, “em família”, alicerçado por uma palavra de fé ou talvez, pela “loucura” dos lideres que o deixam cada vez mais alienado… Louco ou não, você está amparado.
Você não sabe o que é preconceito… Sinto muito.
Falo aqui, das dores do preconceito e não do preconceito que você resolve com um casamento conseguido a muito custo para calar aos religiosos e legalistas de sua igreja, que só o aceitam e o respeitam se você responder aos seus ideais religiosos…
Não falo do preconceito que, com um testemunho alardeado aos quatro cantos, ou com o ar religioso e cheio de “poder”, ou ainda, com um dialeto “crentês” afiado, ou tudo isso junto, você o “resolva”…
Não falo do preconceito que você põe fim, simplesmente com uma estratégia institucional e que ainda, afirma ser uma “resposta de Deus” para enganar aos outros e a si mesmo…
Falo de PRECONCEITO; Não do seu mundinho, perdoe-me…
Falo daquele preconceito que Jesus sofreu. Aquele de não ter amparo… do preconceito de não contar com uma igreja, com uma instituição, ou com os fãs que apoiam as sua sandices porque também são reféns de uma ignorância… Falo daquele preconceito do qual, em seu pequeno “país evangélico”, você está longe de passar.
Você julga preconceito o fato de não aceitarem a sua cultura e pregação?
Compreensível… Eu também não as aceitaria.
Se não conhecesse a Deus, eu seria sim, capaz de aceitar a pregação de quem soubesse do que eu verdadeiramente passasse; Sem sombra de dúvida, eu daria sim, ouvidos aos que chegassem mais próximos da minha dor. A esses eu ouviria.
Mas existe uma distancia absurda entre a sua “santidade” e o meu pecado, não é?
Assim pensam com muita propriedade os que são deixados de lado pelo seu PRECONCEITO.
“Não jogue isso nas nossas costas!” Grita a igreja…
“… Não coloque esse fardo! Não somos culpados de tudo…”.
É certo que não…
Entretanto, a igreja que não é culpada por exemplo, de um suicídio por razões homofóbicas ou não, visto que boa parte de seus representantes, assim se portam, é sim, CULPADA por manter longe, simplesmente por PRECONCEITO, quem deveria estar perto e ter a oportunidade de sentar-se à mesa e de se alimentar do Pão, evitando tais desfechos.
CULPADA. Sem desculpas
Sem descanso, a igreja tem de forma patética se reunido para declarar “guerra ao pecado”, mas só tem conseguido matar a pecadores como eu e você…(por mais que você não se julgue um…).
Por conta do preconceito travestido de “luta contra o pecado”, a igreja virou um circo de horrores que a cada dia vem afastando aos que deveriam ser aproximados.
E esse sangue será requerido das mãos de muitos…
Por mais que negue, a igreja é CULPADA.
É culpada de zelar indevidamente por seus oráculos, mantendo longe quem, senão está às portas da morte, não teve conhecimento do que Deus em seu amor desconhece e renega preconceitos.
É culpada de deixar crescer em si, esse “monstro” que tem negado a Jesus.
Mergulhada em preconceitos e religiosidade; ironicamente a igreja está refém das mazelas que desde o principio tem sido atributos de demônios e não do filho de Deus.
A igreja tem muito ainda que aprender sobre preconceito e religiosidade para manter-se a uma distancia segura deles e não do pecador…
Com urgência, a igreja tem que se voltar a quem a criou.
Rogério Ribeiro.