Ontem foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Este dia foi criado por lei, após uma menina de apenas 8 anos ter sido sexualmente violentada e assassinada em 1973, na cidade de Vitória (ES).
No entanto, passados quase 50 anos desde aquele episódio que comoveu o país, será que realmente podemos dizer que o Brasil tem combatido a exploração sexual de crianças?
Tecnicamente, a exploração sexual é caracterizada pela obtenção de lucro, diferentemente do abuso, que é caracterizado por alguma prática sexual contra a vítima.
No artigo de hoje quero chamar atenção para uma visão ampliada sobre a ideia de exploração: muita gente acha que uma criança só é explorada sexualmente quando há uma espécie de “cafetão” aliciando o menor para práticas sexuais explícitas, ou quando o menor é vítima de abuso sexual da mesma natureza.
Mas, você já parou para pensar que uma criança exposta de forma vulgar em um programa de TV, também pode estar sendo explorada? Já pensou que, quando uma criança é aplaudida por adultos por fazer poses eróticas numa dança supostamente inocente, ela também está sendo alvo de exploração?
Não adianta falar de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, assim como ao abuso, quando temos uma cultura que legitima e incentiva a erotização infantil! Não é por acaso, por exemplo, que o Brasil está acima da média mundial em número de gravidezes precoces.
A infância precisa ser protegida em todas às instâncias, e ela começa pelo que os nossos filhos aprendem em casa, na escola, na TV, nas músicas e na cultura em geral. Também faz parte disso a punição severa dos infratores, cuja maioria é de pessoas próximas, e a não aceitação de práticas que banalizam a inocência infantil.
Em 2017, por exemplo, assistimos a cena deplorável de uma criança tocando um homem completamente pelado no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, numa suposta “performance artística”. Crianças deram às mãos ao suposto “artista” completamente nu, enquanto adultos aplaudiam a cena medíocre.
É esse tipo de banalização da inocência e da sexualidade que abre caminho para a pedofilia.
Isto não é muito diferente de quando ativistas sexuais, travestidos de professores, trazem conteúdos inapropriados para crianças na sala de aula, e os exemplos são muitos. Nestes casos, trata-se de uma exploração psicológica que invade o universo infantil de forma grotesca, violando a inocência dos nossos filhos.
Portanto, vivemos num contexto político-cultural onde a infância vem sendo atacada diariamente, e isto não é por acaso! O objetivo é sexualizar os menores, retirando deles a inocência e o aprendizado natural da vida, compatível com cada fase de desenvolvimento, por causa de interesses de determinados grupos e pessoas.
É por isso, também, que a pedofilia vem sendo romantizada, banalizada, de modo que até os pedófilos já estão sendo retratados como pessoas supostamente doentes, dignas de “pena”! Qual é o objetivo, senão o de tornar essa perversão aceitável num futuro próximo?
Eu, Marisa Lobo, pré-candidata a deputada federal pelo Paraná, me recuso a fingir que combatemos a exploração infantil enquanto vejo a inocência dos nosso filhos sendo atacada por uma cultura perversa e destrutiva.
Se você concorda comigo, compartilhe essa indignação e faça a sua parte.