O caso do jogador de vôlei Maurício Souza, demitido esta semana pelo time do Minas Tênis Clube após declarações supostamente “homofóbicas”, é mais um lamentável episódio no Brasil que serve para comprovar o quanto a liberdade de expressão da nossa população está em corrosão, incluindo a liberdade religiosa, o que é ainda mais grave.
Para quem não tomou conhecimento do caso, Maurício foi demitido do Minas Tênis Clube por ter feito um simples comentário em sua rede social, no Instagram, onde criticou uma imagem do novo “Superman”, filho de Clark Kent, dos HQs da DC Comics, que é apresentado como bissexual.
Agora, pasmem! Qual foi a declaração de Maurício? Um ataque grotesco à comunidade LGBT? Um ataque ofensivo a uma pessoa bissexual ou gay, especificamente? Não… não foi absolutamente nada disso! O comentário que gerou toda essa repercussão absurda foi esse: “Ah, é só um desenho, não é nada demais’. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
Sim, esse foi o único comentário de Maurício Souza. Por causa disso, um pai de família e atleta renomado não está agora apenas sendo acusado de “homofobia”, como foi alvo de um massacre virtual por parte de lacradores de plantão e da demissão do clube onde atuava como jogador.
Nunca foi por “tolerância”
Infelizmente, o que está acontecendo com Maurício Souza hoje é o que pessoas como eu e o pastor Silas Malafaia já havíamos previsto há uma década atrás, para não dizer mais.
Nós já alertávamos que chegaria um tempo em que o ativismo LGBT transformaria o “politicamente correto” em uma espécie de ditadura da opinião, a fim de que ninguém mais pudesse discordar das suas pautas. Esse tempo chegou!
Eu fui uma das figuras mais perseguidas e atacadas nesse país pelo ativismo LGBT, devido às minhas posições em defesa dos ex-gays e contra a ideologia de gênero. Enfrentei inúmeros processos e ameaças de cassação do meu registro de psicóloga por causa disso, mas felizmente saí vitoriosa em todos.
Entretanto, os nossos alertas passaram despercebidos ou foram ignorados, sim, por muitos líderes religiosos e por grande parte da sociedade em geral. Nos achavam “radicais” e “exagerados”, mas por ignorância e não por estarem certos. Enquanto muitos estavam mais preocupados com trivialidades, nós estávamos alertando a Igreja sobre a gravidade que viria pela frente.
A censura, os ataques e a punição absurda envolvendo Maurício Souza é um prenúncio do que vai acontecer amanhã com pastores, padres e líderes religiosos em geral que se posicionam em defesa da família tradicional. A liberdade religiosa, escrita na Constituição Federal, perderá a sua eficácia diante dos novos projetos de lei sobre “homofobia” e “discurso de ódio”.
Isso porque, a verdade é que o ativismo LGBT (não confundir com pessoas) nunca lutou por tolerância e respeito às diferenças, mas sim por uma agenda ideológica que visa impor um modelo único de pensamento sobre comportamento e valores humanos, o que envolve a própria sexualidade.
Notem que o comentário de Maurício foi absolutamente impessoal e abrangente, e mesmo que fosse algo mais específico, ele tem o direito de dizer o que pensa e isso não caracteriza preconceito algum, mas tão somente uma visão diferente do que prega o movimento LGBT. No entanto, o que os ativistas buscam fazer, e estão conseguindo, é taxar qualquer discordância como “homofóbica”, exatamente porque a intenção é lhe calar.
Portanto, a Igreja precisa se levantar, agora, em defesa da liberdade civil como um todo. Todos precisam sair em defesa do direito de se expressar, dizendo o que pensa, mesmo que isso incomode a alguns, pois não existe democracia onde todos são obrigados a pensar igualmente sobre tudo, especialmente quando o assunto envolve pautas morais, comportamento e fé.
Se você, pastor, não abrir a sua boca agora achando que está protegido pela “liberdade religiosa”, o próximo a ser virtualmente esculhambado e civilmente punido por dizer o que pensa será você, ou deixará de pregar a verdade ensinada pela Palavra de Deus, como alguns já estão fazendo?