O encontro de Paulo com os filósofos no Areópago, na cidade de Atenas, At.17, tem sido considerado por uns um discurso de pouca relevância e por outros de elevada eloquência.
Seja como fôr o fruto do encontro resultou que uns poucos creram no Evangelho e só por isto valeu a pena o anunciar no centro da filosofia e da cultura helénica.
Os atenienses interessavam-se pela sabedoria enquanto que os judeus procuravam sinais. Foi Paulo que escreveu esta sentença e serve para nossa meditação.
Nos dias de hoje, o milagre e a manifestação do sobrenatural são elementos com os quais os apóstolos e os evangelistas procuram atrair o povo para o Evangelho. O próprio Cristo afirmou, nos Evangelhos, que cressem ao menos pelos sinais. Claro que esta afirmação foi declarada entre os judeus.
Acontece que nem os sinais e nem a sabedoria conduzem o homem à salvação. Por esta razão é que Paulo afirmou que pregava a Cristo e este crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gregos.
Talvez não esgote saber que existem os observadores de sinais e os que procuram pelo entendimento racional compreender Deus.
Outras motivações suscitam novos desafios aos anunciadores das Boas Novas e refiro-me, por exemplo, às novas descobertas no campo da astronomia em que o cosmo é sempre mais do que se poderia pensar com as miríades de galáxias com milhões de sóis e um número infindável de planetas.
Admito que Paulo no discurso no Areópago procurou captar a atenção dos atenienses para o Deus Criador dos céus e da terra e de todas as coisas visíveis e invísiveis, tentando com este tema despertar os epicureus e os estóicos para uma realidade de grandeza.
A estratégia homilética de Paulo tem raízes no próprio Deus Criador do universo que também utilizou a mesma semântica quando falou com Abraão para que olhasse as estrêlas do céu pois de inumeráveis que eram assim também seria a geração do patriarca, do qual nós somos.
Casal com uma missão
Amilcar e Isabel Rodrigues