O abuso de drogas é um problema mundial. O Brasil, por exemplo, fica atrás apenas dos Estados Unidos quanto ao consumo de cocaína, um psicotrópico ilícito que provoca euforia, alucinações e possivelmente até a morte.
Mas, o que levaria uma pessoa a querer fazer uso de substâncias tão perigosas e destruidoras de vida, a exemplo da maconha, dos solventes e sintéticos?
Quando falo das drogas, me refiro não apenas às ilegais, mas também a produtos como o álcool e o tabaco (cigarro). Apesar dessas duas não serem criminalizadas no Brasil, os danos provocados por elas são catastróficos para a saúde pública, para a educação e segurança da sociedade, já que uma pessoa embriagada, por exemplo, pode se tornar violenta, cometer crimes, provocar acidentes e etc.
O consumo abusivo do álcool também pode acarretar diversos problemas de saúde, como esteatose hepática, cirrose, gastrite, aumento da pressão arterial e consequente derrame cerebral ou infarto, entre outros problemas.
No caso do tabaco, um dos principais riscos associados é o câncer de faringe e pulmão, o que não é diferente para quem abusa da bebida.
Isso tudo, claro, sem falar das drogas ilícitas que são ainda mais severas e produzem efeitos mais degradantes não só ao físico, como ao emocional. Aqui chegamos no ponto-chave da nossa reflexão de hoje, que é o fator psicológico envolvido na busca pelo consumo de drogas.
Um vazio na alma?
Na clínica psicológica ou em comunidades terapêuticas, quando fazemos acompanhamento de dependentes químicos, é comum ouvir de muitos deles um relato sobre a sensação de “vazio” no peito.
Alguns chegam a falar mesmo de “vazio na alma”, querendo dizer que esse tipo de situação é algo prejudicial em suas vidas.
A experiência no acompanhamento desse tipo de problema nos mostra que, por outro lado, quanto mais uma pessoa se apega à fé em Deus, mais força ela tem para enfrentar a dependência química, justamente porque ela se sentem “preenchida”.
Quando essa relação com Deus é somada ao apoio familiar, social e psicológico, o “vazio na alma” é substituído por esperança, motivação, idealização de vida, o que significa novos projetos e autoconfiança.
O indivíduo que antes se via perdido e com a sensação de abandono, entende que é amado e tem condições de se libertar dos vícios.
Com isso, podemos concluir que o abuso de drogas é um tipo de vazio na alma que aponta para a necessidade de Deus? Para algumas pessoas, pode ser que sim.
Quem somos nós para dizer, pelo outro, o que só ele é capaz de sentir e vivenciar em sua experiência singular de vida? Só nos cabe reconhecer àquilo que nos é apresentado.
Na prática, portanto, o que importa é o que restaura a vida de pessoas que se sentem mortas por dentro, e sendo Jesus Cristo, o Senhor, que veio para nos trazer “vida, e vida em abundância” (João 10:10), não há dúvida de que qualquer um que a Ele clame por socorro, terá a sua alma completamente preenchida.
Louvado seja Deus!