Por todos os lados, em todos os noticiários e maiores veículos de comunicação deste país, o que ouvimos é que a inflação em 2015 vai ser “arrochada”. O governo, dizem, não vai conseguir segurar os temíveis “juros” e o mercado prevê um ano de recessão. Analistas ainda afirmam que nenhum “nome forte” na casa econômica será suficiente para trazer de volta segurança para os investidores estrangeiros. O que em si mesmo já é muito mal para nós.
Dilma está mesmo “enrolada” e sozinha nessa, já que em suas últimas entrevistas, o Padin Lula, afirmou ironicamente: “A Petrobrás (corrupção) é um problema da Dilma”. E é esta mesma “corrupção” que dessa vez desencadeia uma crise moral que nos atinge a nível internacional. Sempre tivemos corrupção, mas nunca um caso que manchasse tanto o nosso nome lá fora.
Como “Igreja” nosso “interesse” pela política cessou desde que Marina Silva não ganhou profeticamente as eleições. Pena, pois foram tão belas as palavras proféticas de vitória que se espalharam nos canais Gospel. Mas como sempre, a igreja só se mete se for prá vencer e conquistar, de preferência as cadeira$ mais alta$ da $ociedade civil. Fora isso, nossos objetivos políticos (como “Igreja”) deve ser mesmo continuar lutando contra os temas LGBT, sem deixar a maconha de lado e claro, a “preservação” da família tradicional. Novamente uma pena, já que parece que não entendemos que a verdadeira mudança vem de dentro prá fora, começando em nossa casa e igreja. É uma pena que tenhamos nos transformado em massa de manobra para líderes eleitoreiros e gananciosos.
É triste ver que desdenhamos tanto do poder da Palavra de Deus que afirma que contra a verdadeira Igreja de Cristo não há porta ou portão do inferno que prevaleça. Mas quem disse que a Igreja Evangélica Brasileira quer viver no Poder da Palavra de Deus? A gente quer mais é Balada Gospel, Marcha “prá Jesus” e eventos superfaturados. Mercado, aliás que verdadeiramente não vai sofrer com a crise econômica do próximo ano.
Bom, o ano da Conquista (“material”), o ano da restituição (“material”), o ano da vitória (“material”) foram temas muito explorados nestes últimos anos de falta de criatividade. Ainda não ouvi nada de novo por aí, mas pessoalmente, tenho falado com Deus que meu tema pessoal para este novo ano é o da “Esperança”. Sim, esperança, pois este é o único sentimento que consegue renascer várias vezes depois de lutas, de perdas, de decepções, dores e tristezas. Talvez seja este o maior dom para o coração humano que enquanto pulsar não vai deixar de acreditar que “as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã”. Seja em meio a guerra, a fome e até a morte, a esperança aparecerá. Mesmo que não seja nesta terra, ainda haverá esperança para o porvir.
Hernandes Dias Lopes disse o seguinte: “É na crise que podemos experimentar nossas vitórias mais expressivas, nossas experiências mais profundas, nossas alegrias mais puras”.
Sim, pois é na crise que damos valor ao que é verdadeiro, nos conhecemos melhor e somos sensíveis para enxergar o milagre de Deus (se nos permitirmos a isso). Além do mais, nos tempos de crise e de deserto (seja o literal ou o figurado), estamos sempre mais próximos d’Ele.
“Eu te conheci no deserto, em terra muito seca” – Oséias 13: 5
Um dia, depois de atender mais uma família de refugiados Sírios na fronteira, recebi uma ligação do Brasil que mudaria minha vida. Minha amada irmã, tão nova e cheia de sonhos, tinha de uma forma dramática falecido. Ela, uma serva de Deus e eu, dando a minha vida para uma causa do Reino. O dono da vida a tinha chamado. Mas eu só vim a entender o quão próximo eu me tornaria do meu Criador, depois de meses de luto e revolta. Hoje, no entanto, vejo que quem mais cresceu com todos os anos no deserto e o sofrimento pelo qual passei, fui eu.
Apesar das previsões pessimistas e da moral da Igreja Instituição que anda baixa por aí, 2015 pode ser sim o Ano da Esperança, pois aquele que prometeu é fiel para cumprir sempre e sempre.
Mesmo que os percalços venham, não coloque sua esperança nos decretos dos “apóstolos” da TV e nem nas campanhas “ganha quem dá mais”. Não coloque sua esperança nos grandes shows e eventos proféticos e nem nas celebridades que mudam suas profecias tanto quanto o tempo no verão na cidade de São Paulo: sol de manhã e chuva a tarde. Não é dessa esperança que o Senhor nos fala. A esperança que temos deve ser buscada em nosso coração quando nos encontramos sozinhos frente a frente com o Senhor Jesus.
Que este ano seja cheio da esperança e da glória do Senhor sobre sua vida. Que Ele cumpra de acordo com o Seu propósito e para Seu propósito tudo aquilo que prometeu de uma forma única e bem particular à você.