Para você que sempre procura uma justificativa a mais para não acatar as palavras de jesus e a vontade de Deus,
para você que sempre busca “aferir” sua conduta através da voz pastores, como se o Espirito de Deus fosse um mero coadjuvante,
para você que também diz os absurdos que a maioria da classe evangélica diz quando vê um não crente pedindo o amor que tanto pregamos…
Para você, mais uma vez, vai um texto; A palavra de um Bispo que, sem sombra de dúvida não tem negado o evangelho, o qual tenho acompanhado a escrita a um certo tempo.
No Texto, nada de novo, nada que não tenha saído da boca de muitos; crentes ou não. Nada que não tenha sido parte do comportamento de Jesus.
Transcrevo as palavras de Hermes C. Fernandes no texto abaixo, na esperança de que você, mais uma vez, tenha uma oportunidade de refletir…
Na esperança de que você pelo menos o leia.
Ao Bispo Hermes C. Fernandes, Eu e os cidadãos do Reino, dando Glórias a Deus, agradecemos.
“E se Deus lhe desse um filho gay?” Por Hermes C. Fernandes
Por mais que afirmemos não termos qualquer preconceito, raramente alguém vai querer ter um filho gay. Uns por puro preconceito mesmo, mas outros, porque não suportariam ver seu filho sendo discriminado. Penso que até casais homossexuais prefeririam que seus filhos adotassem um comportamento hétero, pois isso os pouparia de muito sofrimento.
E se Deus lhe desse um filho gay? Qual seria a sua reação? Você o aceitaria? Tentaria mudá-lo? E se ele fosse vítima de bullying, você o defenderia?
Talvez alguém diga: – Isso jamais aconteceria! Por que Deus me daria um filho assim?
E se o próprio Deus quisesse tratar com seus preconceitos? E se Ele quisesse fazer de sua família uma referência para que outros pais aprendessem a lidar com esta questão com serenidade e amor?
Há casos de pais que expulsam o filho de casa, deixando-o numa situação tal que não lhe resta alternativa senão prostituir-se. O apoio que não recebeu em casa é encontrado entre outros homossexuais vítimas do mesmo preconceito.
Já ouvi falar de casos de famílias abastadas em que os pais enviaram o filho para estudar no exterior no afã de evitar um escândalo que maculasse o bom nome da família. Nesses casos, a reputação da família é mais importante que o bem de um filho.
Alguns chegam a dizer que preferiam ter um filho bandido a um filho gay. Imagine crescer ouvindo isso o tempo todo. Por isso, muitos preferem sofrer calados, sem jamais confidenciar seus conflitos com os seus pais e irmãos.
A igreja, por sua vez, parece não estar preparada para lidar com isso. Em vez de trazer um discurso conciliador, a igreja provoca um abismo quase intransponível entre o homossexual e seus pais. A igreja está tão preparada para lidar com filhos homossexuais quanto os discípulos estavam preparados para atender àquele pai desesperado cujo filho possesso se lançava, ora no fogo, ora na água.
Jesus havia acabado de descer do monte com três dos Seus discípulos mais chegados, onde ouvira dos lábios do Pai: “Este é meu Filho amado, em quem tenho prazer, a Ele ouvi!” (Mt.17:5). Agora se deparava com um pai aflito e desesperado pela condição de seu filho. Que contraste! O que fez o Filho de Deus? Atendeu ao clamor do pai, fazendo o que Seus discípulos falharam em fazer.
Igualmente, devemos descer de nosso pedestal moral e sair ao encontro daqueles cujas vidas estejam aquém do padrão que consideramos correto.
E antes que saiamos por aí exorcizando o “demônio” da homossexualidade, devemos colocar nosso ego para jejuar. O jejum sem o qual certas castas de demônios se recusam a sair não é o jejum de comida, mas o jejum da presunção, do preconceito, da arrogância religiosa. Gente que arrota santidade prefere construir seus tabernáculos no alto do monte e manter-se separada da gentalha lá debaixo. Com o nosso ego inflado, jamais daremos conta de exorcizar nossos próprios demônios, quanto mais os que assombram a sociedade.
O fato de sermos declarados “amados por Deus” não nos confere o direito de olhar com desdém para os que sofrem, não apenas por sua condição, mas, sobretudo, pela maneira como a sociedade e a família os tratam devido à esta condição.
O que o homossexual necessita não é de sessão de exorcismo, terapias para voltar para o armário, sermões inflamados, mas de amor. A igreja e a família devem oferecer um ambiente acolhedor, desprovido de julgamentos e preconceitos.
Com que moral podemos anunciar ao mundo que temos o remédio para a cura da homossexualidade, enquanto sequer fomos curados de nossa homofobia? Queremos tratar o mundo, enquanto Deus pode estar querendo tratar conosco.
O único remédio capaz de tratar tanto o homossexual (e suas feridas existenciais), quanto o homofóbico, é o amor revelado na graça de Deus. Amor que tudo sofre, tudo suporta e tudo crê. Amor que jamais se acaba.
Se você tem um filho homossexual, ame-o. Não desista dele (a)! Se você é um homossexual, considere-se amado. Se não por sua família, por Deus.
“Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá.” Salmos 27:10
Hermes C. Fernandes.
Por Rogério Ribeiro.
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