“Aborreço a duplicidade, mas amo a tua Lei” – Sl 119:113
Encontramos nos Evangelhos, a indignação de Jesus com respeito à duplicidade de conduta dos famosos fariseus, que aparentavam santidade exterior a fim de serem vistos pelos homens, mas por dentro viviam como publicanos.
Ora, os publicanos, viviam como os gentios e eram de todos conhecidos pelos seus frutos, porque pelo fruto se conhece a árvore. A astúcia dos fariseus consistia na dissimulação do carácter e por esta razão aborreciam Jesus pois não eram íntegros quanto à Lei.
Também nos dias de hoje encontramos cristãos-fariseus, nas igrejas, e é justo que se levante uma onda de indignação a fim de que se arrependam das suas más obras que têm contribuído para escândalo de muitos e que se tornaram responsáveis como pedras de tropeço, impedindo à Fé, com as suas atitudes tanto os que são de dentro como os que são de fora.
Já de antemão, os Evangelhos, nos advertem que não devemos seguir as más obras e tanto mais assim é que já muitos falsos profetas se introduziram nas igrejas, aparentando santidade mas negando-a pelas suas acções pois procuram servir-se do Evangelho, como fonte de lucro.
Os modernos fariseus amam o culto à personalidade procurando atrair o interesse dos incautos para as suas doutrinas persuadindo pela eficácia das obras do maligno, com sinais e maravilhas. Amam os primeiros lugares e procuram atrair sobre si próprios a glória que é devida exclusivamente a Deus. São como lobos devoradores no meio das ovelhas.
Outrossim, também é manifesta a ausência da luz que brilha e resplandece o rosto daqueles que vivem a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo. Também neles não existe o sal da terra pois são insípidos em suas palavras e atitudes em nada contribuindo para pacificar pela Palavra da Reconciliação que nos foi confiada por Deus que estava em Cristo Jesus.
Também os modernos fariseus se consideram lideres em vez de exercerem o ministério que nos foi outorgado como dom de Deus. Nesta qualidade, exigem submissão a si próprios em vez de servirem de exemplo ao rebanho.
Sabemos que as ovelhas não seguem a estranhos e precisam estar atentas à conduta daqueles que se dizendo pastores as devoram porque não as levam aos pastos verdejantes, não as visitam quando enfermas, não as buscam quando perdidas, nem quando manquejam, antes porém têm prazer na sua lã, e na sua gordura.
É tempo de renovar e neste Novo Ano de 2014, façamos ardentes votos para que todos sintamos o mesmo, como pelo Espírito, e vivamos o Evangelho na plenitude da sua simplicidade pois o Reino de Deus é como fogo devorador e o que a Deus aborrece também a nós aborrece.
Fraternalmente, casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues