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Terror na Fronteira

Como em qualquer outro lugar do mundo, aqui também vemos o tempo correr. Trabalhamos todos os dias para tentar atender o maior número de refugiados. Tristeza, dor, revolta e fome é o que vemos na face de um povo que acredita que o mundo esqueceu deles. Eles nos perguntam: Onde estão os governantes das nações? Porque não fazem nada por nós? Como podem deixar inocentes e crianças morrerem desse jeito?

As vítimas da guerra são chamados de Shahid (شهيد), ou seja, mártires. O número de mártires da guerra pela libertação ultrapassa 5 mil pessoas. Já o número de refugiados e da população Síria dispersa pelos outros países do Oriente já chega a 3 milhões.

Hoje ouvimos que o exército de Assad envenenou a água na cidade de Alepo. Segundo o povo isto aconteceu sexta feira. Muitos morreram, mas eles não sabem dizer quantos. Acreditam que esta ação precede a utilização das armas químicas, especialmente do gás Sarin, que é um gás letal que atinge o sistema nervoso central e leva a morte em apenas 1 minuto. O exército da libertação reportou que apenas uma ordem de Assad é aguardada para que as armas químicas sejam usadas contra o povo.

Um pai de família nos disse também que mesmo que Assad deixe o poder nos próximos dias, a Síria precisará de 5 a 10 anos para se restabelecer como nação.

No meio dessa situação nosso coração chora ao ver crianças com fome, mulheres deixadas para trás por maridos que estão na batalha, as viúvas mais velhas que não tem a quem recorrer e pais desempregados tentando vender tomates para ganhar num bom dia de trabalho o equivalente a 15 reais. Imagine isso para sutentar uma casa com 7-10 crianças (esta é a média aqui). Com o frio nossa preocupação é maior, pois são dezenas e dezenas de pequenos enfermos.

Fotos de algumas das nossas famílias (com exceção da primeira foto na introdução da carta). A maioria mães e viúvas de guerra.

Diante disso tudo preciso pedir que orem, por favor orem! Orem por nós os obreiros. Por nossa saúde, para que possamos dormir bem, nos alimentarmos de forma adequada e para que sejamos encorajados na força do Senhor. Nossa alma também sente a dor desse povo! Não é fácil! Orem para que eles abram o coração para o Senhor Jesus. É D’Ele que falamos todo dia. Ele é a única esperança.

Queridos, contribuições de qualquer valor são bem vindas a todo o instante. Uma cesta básica completa aqui fica em torno de 103 reais, fora cobertores e a questão dos aquecedores que ainda não foi resolvida.

Mais uma vez deixo minha conta bancária. Para qualquer outra informação, por favor, entrem em contato.
E que Deus tenha misericórdia de todos nós.

Em Cristo,
Sua irmã,

Raquel Elana, da Fronteira.

Ajude:
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