Tenho esperança de um dia me tornar criança para acreditar em tudo que me dizem!
Quando eu era criança disseram-me muitas coisas e em todas elas acreditei e era feliz.
O céu era um lugar muito bonito onde Deus vivia com os anjinhos.
Certa vez, morreu um menino e disseram-me que ele tinha i do para o céu e agora estava muito bem a brincar com os anjinhos. Eu é que tinha perdido o meu amigo e também não queria ir para o céu porque também gostava de ficar cá na terra com os meus irmãos.
“Enceuzar” Deus, os anjos e os que para lá foram da terra é que eu não consigo acreditar e daí a minha esperança de me converter em criança a fim de readquirir certezas para a minha incredulidade.
Agora que deixei as coisas de menino procuro firmar a minha fé no que me reserva a vida eterna que me foi dada pela graça de Deus no dia em que Deus me transportou do império das trevas para o Reino do Filho do Seu amor.
Quando Jesus crucificado prometeu ao Seu companheiro, que com Ele estava na cruz, que estaria com ele naquele mesmo dia no Paraíso, despertou-me a curiosidade de que não é o céu para onde irei mas sim para aquele lugar.
As Escrituras pouco falam do céu e do Paraíso.
Os céus sabemos que manifestam a glória de Deus, Sl. 19:1, e o Paraíso que conhecemos foi um lugar de teste para Adão e Eva e que os conduziu por causa da desobediência ao inferno, entenda-se, o lugar inferior da terra porque não podemos deixar os mortos à superfície da mesma, temos que os sepultar ou então entregá-los à sorte dos abutres e do sol inclemente que os apodrece.
Há uns anos atrás vendeu-se no Brasil um livro de uma mulher que afirmou ter ido ao céu e que se purificava em fontes de água a fim de poder ir à presença de Deus. Escreveu que viu Moisés e que este lhe acenou e também numa carruagem de ouro viu o Rei David tocando uma harpa de ouro e tudo o mais era uma extravagância e por esta razão conseguiu vender uns milhares de livros. Penso que o êxito desta obra deve-se ao facto de pouco ou nada se saber do céu e no entanto, é a todos os que crêem em Deus, o que nos espera.
Também sabemos que somos diferentes dos Islâmicos e isto no que se refere ao Paraíso. Jesus afirmou que no céu não nos casamos nem nos damos em casamento, seremos como os anjos, entenda-se, assexuados. O Alcorão já vê o Paraíso de forma diferente em que cada varão será rodeado de varoas de acordo com os méritos dos seus atos terroristas. Desta forma, os tarados sexuais estarão mais dispostos às
causas nobres da morte prematura a fim de caírem em sorte das tão desejadas virgens. Por outro lado, os cristãos, ficarão invejosos dos Islâmicos?
Isto tudo vem a propósito do conflito religioso que parece estar a levar vantagem na Europa e nas Américas da fé islâmica sobre o cristianismo que ainda não conseguiu tornar apelativo o céu já que os anjinhos a darem cambalhotas nas nuvens e a beberem leite de ambrósia não é atractivo, segundo bem escreveu o teólogo Samuel Bacchiochi da Universidade de St. Andrews, U.S.A. .
No mais, irmãos meus, aguarda-nos uma nova terra e um novo céu onde habita a justiça, não mais haverá doenças, enfermidades e luto, porque já as primeiras coisas passaram, tudo se fez novo, teologia escatológica.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues