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Será que Israel tem o direito de atacar a Síria?

Apenas um dia depois da destruição de equipamentos para a construção de mísseis carregados de armas químicas na Síria, aviões israelenses bombardearam instalações militares e o provável reduto de Bashar AL Assad.

A abertura do governo Sírio para os inspetores da ONU conseguiu evitar uma intervenção militar americana, mas ao que parece não foi capaz de conter as investidas israelenses contra prováveis acampamentos do Hezbollah.  De acordo com a rede de televisão Al Arabiya, a área atacada nestas duas últimas madrugadas fica a noroeste do país. Apesar dos Estados Unidos terem confirmado o ataque israelense, o governo de Netanyahu não confirma a ação.

A justificativa do direito à defesa de Israel contra sua possível aniquilação fica cada dia mais difícil de aplicar, visto que a Síria mostra sua fraqueza e até sua boa vontade em evitar um conflito maior. Nem no Iraque de Saddam observou-se tanta vontade por parte de um “ditador” em refrear a guerra.

Enquanto a propaganda ocidental insiste em apresentar a nação de Israel em constante perigo, é Israel que se apresenta como o maior poder bélico da região contendo em seu arsenal até 200 ogivas nucleares carregadas.

As Nações Unidas preocupam-se em proclamar convenções e tratados internacionais que evitem e controlem intervenções militares, invasões e promovam a destruição de arsenais em função da paz. Contudo, parece que nem todas as nações precisam observar estas regras. O que além de não ser justo, representa um perigo para todos os membros da comunidade internacional.

Dentro desta visão, pergunto: É certo que Israel ou Estados Unidos continuem de forma direta ou indireta atacando nações árabes em nome de Deus?

Não se pode saber exatamente a extensão dos ataques visto que detalhes estão sendo mantidos sobre sigilo. Mas parece que nem mesmo a boa vontade do governo Sírio será capaz de promover o fim da guerra. Vale lembrar que os terroristas caçados pelos israelenses são os mesmos armados por seu maior aliado, os Estados Unidos. Isto prova mais uma vez  que na política não existem escrúpulos, apenas planos a serem cumpridos.

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