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Pressão sobre a Jordânia indica intervenção militar americana às portas

Barack Obama e Rei Abdullah da Jordânia

Barack Obama e Rei Abdullah da Jordânia

Cresce a tensão entre os países vizinhos à Síria. Dias atrás manifestações populares foram vistas nas ruas da capital e nas grandes cidades da Jordânia. Estas manifestações que foram mais agressivas aconteceram em meio ao aumento do número das tropas americanas em solo Jordaniano e a pressão para que o Rei Abdullah apoie a intervenção militar americana no conflito. De acordo com o New York Times:

Os grupos militares deslocados (para a Jordânia) incluem especialistas em comunicação e inteligência que ajudarão os jordanianos a se “aprontarem para a ação militar” contra a Síria…

Tropas Americanas se preparam na Jordânia.

A Jordânia que é um dos maiores parceiros norte americanos na região assiste impotente a deterioração da sua economia. O aumento do desemprego e a escalada da inflação proporcionam um clima de instabilidade perfeito para que fundamentalistas se organizem pedindo a renúncia do Rei. A população confusa e dividida encontra-se a cada dia mais descontente com a presença crescente dos refugiados sírios.

Uma mulher relatou que ao tentar comprar pão na padaria, viu um refugiado Sírio, pai de 7 crianças, ser esfaqueado por nacionais. Ele tentava comprar pão, mas como não havia o suficiente para todos, o povo se revoltou. A mulher foi impedida e voltou para casa de mãos vazias. Chorando ela me disse:

Eu não pedi para vir para cá. Também não estava roubando. Tinha dinheiro para pagar. Só queria comprar pão. Isso não é justo…

A polícia interna encobre o fato de muitos rebeldes e dissidentes de vários partidos e organizações terroristas estarem na Jordânia incitando uma “revolução”. Por enquanto, o Rei Abdullah que sabe das consequências de mais uma ação militar na região, é contrário a intervenção militar. Ele pede por um fim político – um alvo a cada dia mais inalcançado – ao mesmo tempo em que tenta equilibrar-se no trono. Enquanto isso, o governo americano “joga” para ganhar tempo e apoio, esquecendo-se de que quanto mais o tempo passa mais destruída a Síria ficará.

É tudo política, Rahil (me nome em árabe). Não é ajuda humanitária. Eles não se importam. Quero sair com minha família do Oriente Médio. (É o que me disse Muhammad – 1 dos meus refugiados Sírios).

Meu coração fica apertado toda vez que chega mais uma notícia da fronteira. Meu desejo é retornar para dar continuidade ao socorro dos refugiados e a evangelização da nação enquanto ainda há tempo! No entanto, preciso abrir meu coração: Este tempo no Brasil é necessário para ajudar minha mãe que depois do falecimento de minha irmã não pode morar sozinha. Meu irmão quer que ela se mude para perto dele e assim ficar próxima à família. Peço que ore por isso: pela mudança, por uma nova casa, pela saúde dela e da família e pelos custos financeiros que isto envolve. Sei que o Senhor é o nosso Pastor e promete suprir as necessidades dos seus filhos. Eu preciso disso.

Na foto: B. e Eu numa das nossas visitas!

Peço oração também por B. para que o Senhor a fortaleça. Ela trabalha com os refugiados enquanto o marido que é médico no hospital da fronteira, atende ao povo. Eles são como eu, missionários que dependem da doação do povo de Deus. Mesmo que eu não esteja lá, você pode contribuir. Tenho colegas brasileiros na região que não se importariam em receber doações e repassá-las aos obreiros da fronteira. Se você sentir este desejo, entre em contato comigo ou deposite na minha conta. Apenas me informe se a oferta é pessoal ou para o trabalho. Não tenho nenhum problema em repassar recibos e comprovantes de depósito. É seu direito saber para onde a sua contribuição vai. Igreja, este é o meu clamor sincero e honesto. Permita-me assim falar com vocês.

Termino agradecendo a todos que tem me acompanhado e que por mim tem intercedido. Não somente eu, mas todos os missionários carecem disso.

Também agradeço a minha igreja e as igrejas parceiras que me cobrem de oração e participam diretamente do apoio financeiro. Amo e oro por todas vocês!

Um abraço da sua representante para o Oriente Médio.

Raquel Elana

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