Faltando poucos meses para a disputa eleitoral desse ano, os brasileiros já começaram a traçar quais são os seus pré-candidatos preferidos. Mais do que nunca, o cenário político atual está extremamente acirrado e nesse contexto estão os cristãos que vão se lançar ao pleito.
Nós, como igreja, mais uma vez teremos papel fundamental para decidir o futuro do Brasil. Diante disso, quero fazer algumas pontuações, que apesar de simples, normalmente são ofuscadas devido à força do marketing eleitoral.
O voto reflete valores
Primeiramente, devemos nos conscientizar quanto ao que o voto representa. Não é só a escolha de um candidato, mas o depósito de confiança em tudo o que ele acredita, defende e pratica.
Desse modo, o voto cristão carrega consigo uma responsabilidade muito grande, de modo que cada seguidor de Jesus Cristo deve refletir em sua escolha os princípios e valores que apontam para a Palavra de Deus.
Não basta experiência
Como Igreja, tendemos a escolher políticos cristãos, obviamente, alinhados ao cristianismo. Contudo, já estamos cansados de ver, e conhecer, políticos que apesar de se dizerem cristãos, não traduzem os princípios da nossa fé em sua vida política.
Já tivemos figuras disputando cargos importantes, por exemplo, que quando indagadas sobre temas sensíveis como aborto, casamento homossexual e outros, apresentavam argumentos ambíguos, inclusive com uma visão equivocada sobre a separação entre Igreja e Estado.
Há políticos ditos cristãos, portanto, que em termo curricular, são extremamente capacitados, possuem experiência política e trânsito livre nos maiores redutos de Brasília, mas cujo compromisso com a Palavra de Deus não se traduz em sua atuação.
Compromisso com a Palavra
Finalmente, uma vez que entendemos que o voto não é uma aposta, mas sim uma decisão consciente que deve refletir valores e princípios, e que para o candidato/político cristão não basta experiência e qualificação, o que resta de mais importante em nossa balança é o compromisso com a Palavra de Deus.
Este critério deve ser o norte da Igreja: identificar candidatos dispostos a fazer do compromisso com Deus um guia de prática política. Isso em nada viola o conceito de Estado laico, pois se enquadra na representatividade social.
Ou seja, apoiamos quem nos representa, assim como outros grupos fazem o mesmo. Essa é a grandeza da democracia; a pluralidade de perspectivas que, em conjunto, formam a administração pública.
Assim, que a Igreja do Senhor saiba fazer a sua parte para o melhor futuro do Brasil. Este é um dever que passa por todos, começando por mim e você.