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A Palavra de Deus – Parte 2

 

 
Introdução: A Palavra de Deus, primeira parte, encontra-se neste site, da autoria do signatário.

É pertinente considerar, que até ao Sec. XVI a interpretação dos textos bíblicos significava, figuradamente o que os escritores narraram.

A crítica, literária e textual,  não era aceite e, consequentemente, prevalecia a interpretação  literal dos textos. O pensamento do leitor, sobre os escritos, era condicionado ao dogma. A reforma protestante, não questionava a razão à  fé. Afinal, as Escrituras não contêm valor histórico e científico.

Com o Renascimento, veio a imprensa o que permitiu reunir os cânones  e imprimi-los. A Palavra de Deus, começa então a ser acessível aos leitores e as traduções para outras línguas, nos anos sequentes e até aos nossos dias,   têm  facilitado a sua consulta.

No Sec. XVIII, o iluminismo que teve como percursor Isaac Newton, estabeleceu que tudo poderia ser entendido pela razão e, para tanto era necessário o conhecimento da causa e do efeito. A fé no dogma, era descartada porque se entendia que era um absurdo crer no que não podia ser compreendido. Por esta razão o humanismo tornou-se um adversário da fé.

No princípio do Sec. XX, Albert Einstein trouxe-nos o relativismo. De certa forma, influenciou a  forma da interpretação dos tex tos bíblicos, porque cada um poderia ter o seu entendimento sobre os Escritos. A formação académica, a cultura de cada um individualizou o homem e cada um entendia o texto de acordo com a sua compreensão.

O resultado e o estado geral das coisas é a diversidade de interpretações. Dizem eles que não há necessidade de que ninguém ensine porque é o Espírito Santo que lhes dá a compreensão, segundo o Evangelho.

Sabemos que há um só Senhor, uma só fé e um só baptismo. Este é o princípio da unidade de todo aquele que crê em Cristo.

Quando a Igreja Católica Romana procurou a hegemonia da fé através do Santo Ofício, a Inquisição de má memória, o resultado foi uma crueldade, a nunca mais repetir. O Concílio Vaticano II, do século passado, procurou consensualizar a fé, entre os cristãos e até  hoje nenhum resultado foi conseguido, nem o poderá ser.

É notável, que a “Canção Nova” do Monsenhor Jonas Habib procure plasmar,  a Palavra da fé num pentecostalismo ou movimento carismático e convide pastores pentecostais para pregarem a Palavra de Deus. A intenção deste movimento, tem-se espalhado no Brasil e recentemente em Portugal. É de admitir um aquecimento, pela Palavra e pelo Espírito, na Igreja Católica Romana.

O culto ou a veneração a Maria, além de outras crenças da própria igreja, não permitirá alcançar as igrejas pentecostais e neo-pentecostais.

Finalmente, dir-se-ia que a letra mata e o Espírito é que vivifica, que figuradamente, é Jesus assentado no jumento.

 

Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigues

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