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Os outros “evangelhos” ou o de Jesus? A qual seguimos?

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho (Gl 1:6-7a).

O Evangelho não é o que eu acho, mas o que Jesus viveu e ensinou. Não é o que eu desejo, mas é o que eu preciso. Não se conforma muito com as minhas vontades, mas confronta por vezes minhas preferências. Não ignora minha inteligência, mas revela-me o sublime caminho da obediência. Não se preocupa em considerar minhas razões e lógicas, mas a desenvolver minha fé e esperança. Evangelho é o oposto do que penso; é loucura frente à minha ciência. É em muitos casos, totalmente sem explicação aos meus direitos; é dar a face ao agressor mesmo quando estou certo. Parece inconsequente ao ensinar-me a estar contente e grato apenas com o que tenho hoje. O evangelho de Jesus nos encarrega uma grande missão, o que infelizmente tem-se notado como grande omissão. Essas novas de salvação para todo o povo não tem no homem o centro de sua glória – pois essa pertence exclusivamente ao Cristo Redentor.

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus (1 Co 1:18).

Viver o evangelho é às vezes como compor uma poesia; é como soltar gargalhadas de extenuante alegria; é como levar água ao sedento e em terras áridas regar os rebentos. Entender o evangelho é viver em Cristo e na essência de seu amor. Mas, cumpri-lo é também passar por sofrimentos, é carregar uma cruz, é perdoar algozes, é passar por reveses, é enfrentar cães ferozes e estar no meio de condenados infelizes. Na verdade, o evangelho de Jesus Cristo não me oferece quase nada desta terra. Não me impõe a ser rico de posses, a ser famoso pelo sucesso e a ser importante pelo dinheiro. Não é uma poção poderosa para gerar super crentes ou determinismo aos que tentam colocar Deus contra a parede (como se isso fosse possível). Antes, oferece-me o servir como curso intensivo de seu discipulado e propõe-me a renúncia como disciplina rígida de sua “teologia” prática.

Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo (1 Co 9:18).

O evangelho de Jesus não tem nada de política, não discute moda e nem defende teologismos; não argumenta em favor do desigrejismo ou menos ainda apóia o denominalismo, antes descortina-nos a gloriosa revelação do que é ser igreja, corpo de Cristo na prática diária. Não é extremista em fundamentalismos, nem é liberal em conveniências. Trapaças, interesses, armações e esquemas não fazem parte do perfil de seus reais representantes. No campo da experiência com Deus, do novo nascimento e da autêntica vida cristã, não é o “gospel” que conhecemos atualmente, é aquele sentido e postura do amor de antigamente; daquele primeiro lembra-se? Para os perdidos o evangelho são boas novas, mas para os que se acham santos traz problemas e rechaça em reprimendas. Este evangelho não faz rodeios; não ameniza situações; não se expressa em emoções e nem apóia todas as nossas criações. É um enunciado nada ativista e totalmente pacifista; é uma mensagem carregada de amor, promotora do livre arbítrio e prenunciadora das conseqüências de nossas escolhas.

Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus (2 Ts 1:8).

Ser seguidor dos exemplos e dos ensinos de Jesus, não é uma questão de cabeça, mas de corpo, alma e espírito. Seus mandamentos não são complexos ao entendimento, mas claros à assimilação e objetivos à prática – você não precisa compreendê-lo racionalmente, mas pode experimentá-lo radicalmente – pois é o poder de Deus para todo aquele que crê. Este evangelho (o de Jesus) deve ser levado a todos, mas não é para todos – apenas para os creem. Sua pregação não condena o homem, mas o deixará inescusável diante de Deus. Não é um entre muitos caminhos para a iluminação, pois apresenta somente dois caminhos (estreito e largo), duas expressões (verdade e mentira), dois grupos (salvos e perdidos), dois senhores (Deus e Mamom), dois reinos (Deus e Satanás), dois contrastes (luz e trevas), duas posições (direita e esquerda), dois destinos (céu e inferno) e um único e suficiente salvador: Jesus Cristo!

Meu Deus! É por tudo isso, que considero o quão distante estamos do verdadeiro evangelho!

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