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O PT bonzinho, suas mazelas de governo e os discursos que não colaram.

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O PT buscou a realização de um sonho revolucionário, na prática enamorou-se pela ideologia de teóricos do comunismo como Lênin e Gramsci; reverenciou o modelo cubano de Fidel Castro; apoiou o regime venezuelano ditatorial de Hugo Chávez; calou-se frente à nacionalização imposta pelo governo de Evo Morales na Bolívia a empresas estrangeiras que atuavam naquele país. Mas, o PT desde o início (1980) quis fugir da experiência socialista que afundou à ex-URSS – pretendeu desenvolver um socialismo convergente (ricos e pobres, cultos e incultos, empresários e trabalhadores) diferente do socialismo soviético – para o intento, aproximou-se da teologia da libertação como inspiração diferenciadora para uma nova práxis política, focada nos injustiçados e sobrecarregados pobres da América Latina – e paralelamente para ganhar a corrida presidencial adequou também o discurso à classe e aos interesses empresariais. O PT é a soma de tudo isso com mais um pouco. O partido deseja fazer do Brasil um Estado paternalista composto por filhos antes explorados pela “burguesia do capitalismo”. O PT tem discursos e medidas para os fins que deseja e com a máquina governamental nas mãos – instrumentalizou mecanismos sociais – e de fato, apareceu como benfeitor dos pobres, e defensor dos oprimidos; ao expandir e proliferar programas de inclusão que vão da educação à moradia. Por isso, o PT até parece bonzinho!

O PT, infelizmente tornou-se num câncer partidário e num parasita demagógico em uma democracia já fragilizada por outros políticos sanguessugas. O Partido foi transfigurado numa legenda de grandes corruptos praticantes dos maiores delitos políticos desta nação. Foi na cúpula do partido e do governo do PT que lobistas criaram esquemas bem elaborados de pagamento de propinas e vantagens próprias (e não dos trabalhadores); quem se lembra do mensalão? Em um país em que a economia está em colapso, o discurso da presidenta é bonito, mas as estatísticas divulgadas por ela apresentam números e fundamentos questionáveis. O PT precisa fazer marketing governamental positivo e necessita praticar medidas assistenciais cada vez mais populares para se manter no poder – lançando migalhas à população de baixa renda e resgatando com “míseros reais” os que sobrevivem abaixo da linha da miséria, como se isso fosse possível. Com claro intuito de engrossar as estatísticas que comporão o positivo discurso da candidata do partido a reeleição, o governo petista aumentou em 10% o valor do benefício da bolsa família, desta forma o reajuste supera o teto classificatório de extrema pobreza e assim milhões de brasileiros sairão da miséria milagrosamente por um estratégico aumento de R$ 7.01 em ano de eleição presidencial. Por isso, o PT até parece bonzinho!

O PT utiliza-se dos discursos de combatente da desigualdade e promotor da inclusão social para captar votos para seus candidatos. O partido mantém-se popular através da concessão de bolsas, de cotas e subsídios em financiamentos de crédito a uma parcela da população que infelizmente se graduará devendo mais do que tendo possibilidades de empregar-se; se mantém a custa de abrigados – no programa Minha casa minha vida – que serão inquilinos do sistema do próprio governo numa dívida que se arrastará por 30 anos, e assim, terá o cidadão honesto pago no fim das contas o dobro do valor da casa módica que adquiriu. Mas, apesar de muitos auxílios e complementos, não mudou em quase nada a vida dos brasileiros, pois o desemprego cresce, a saúde desfalece, a educação empobrece e a segurança desaparece – note que a população toda é carente da atenção e dos cuidados mais básicos num Estado de governo organizado e escolhido pelo povo. E o PT está no poder já há quase 12 anos e porque estamos nessa falência sócio-econômica generalizada? Cadê o PT que parece bonzinho?

O PT, a bem da verdade, mostrou-se como um incompetente administrador de recursos públicos. Inchou a folha da máquina estatal, fazendo do governo o sonhado empregador para o qual todo mundo gostaria de trabalhar, pois as incertezas e instabilidades econômicas são tão ameaçadoras que só a esperança de um emprego público sustentado pelas tetas colossais do Estado minora a insegurança. O Lula e a Dilma prometeram em seus programas de governo reformas tributárias e fiscais urgentes, mas quase nada fizeram. O governo é o que mais arrecada no Brasil, inclusive bate recorde, mas nossa indústria nacional está desestimulada por tributos e encargos fiscais e sociais altíssimos, onerando seus custos de produção, prejudicando seu mercado interno e perdendo sua competitividade no mercado internacional. Nossa economia está em declínio desde 2009; as avaliações de risco aumentaram; nosso varejo nunca faturou tão pouco; nossa maior estatal (Petrobrás) está quebrada financeiramente; e a Eletrobrás só não faliu porque é do governo – pois se fosse uma empresa privada já teria recorrido ao pedido de concordata. Cadê o governo do PT que parece bonzinho?

O PT discursa a favor do Estado Laico, mas desenvolve um Estado ateu; prega a liberdade de imprensa, mas propõe a regulação da mesma; promete garantir o direito de expressão, mas cria lista negra de jornalistas que lhe criticam; diz prezar pela família, mas desautoriza pais na educação de seus filhos; subtrai a comemoração do dia das mães nas escolas por conta de “preconceito” (se há preconceito é o PT que o espalha e massifica); espalha cartilhas pornográficas com o nome de “educação sexual” aos nossos filhos em início de idade escolar; solapa o sentido da paz com diálogo com líderes das guerrilhas da Colômbia e com representantes de movimentos armamentistas do Oriente Médio; prega o crescimento, mas gasta nosso dinheiro com uma copa que não nos trará nada de efetivo e concreto para a nossa economia e população – é a FIFA quem vai lucrar! O PT ganhará muito se sua candidata não conquistar a reeleição deste ano; pois pelo menos terão outro bode expiatório que não seja do PT para crucificarem no ano que vem – do contrário nem o próprio Lula os poderá salvar em 2018 – pois perderão a confiança até daqueles que foram enganados com a falsa estatística de que saíram da miséria. Cadê o governo do PT que parece bonzinho?

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