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O Pregador

Graça e Paz.

O pregador prepara-se para anunciar a Palavra à assembleia com oração, leitura da Palavra, na expectativa de que o Espírito Santo ilumine o coração a fim de que a letra que mata se transforme em Palavra de Espírito e de Vida.

Também eu, pregador, busquei a Deus de todo o coração por uma palavra e aguardava que um milagre acontecesse. Então, o Espírito Santo ensinou-me a olhar para a assembleia a fim de discernir nos rostos as carências dos que estavam presentes. Comecei a perceber que era necessário quebrar algumas formalidades eclesiásticas e em vez de aparecer à assembléia aprendi a ficar à porta, na casa da igreja, a fim de manter um contato direto com as ovelhas e isto baseado, na parábola do bom pastor, João 10.

Não podemos massificar a pregação com uma mensagem académicamente elaborada, perfeita na sua estrutura mas que não toca no coração do homem. A Escritura revela-nos que quando um membro padece todo o corpo sofre. Comecei a entender que na assembleia havia ovelhas gordas e ovelhas magras. Também comecei a ter entendimento que havia ovelhas e cabritos. Que muitos vinham para ouvir uma boa palavra enquanto que outros precisavam de ouvir uma palavra que as libertasse, que lhes desse esperança porque estavam extenuadas, oprimidas, angustiadas.

Compreendi que o pregador teria que ter uma Palavra eficaz, a Palavra de Deus que é viva como uma espada cortante de dois gumes e apta, para discernir os espíritos, os pensamentos e as intenções do coração, Hb. 4:12.

O Espírito Santo ensinou-me a ser objectivo a fim de não confundir o que era preciso dizer, com conhecimento, sabedoria e fé. Também o Espírito Santo me ensinou que precisava de ler muito a Bíblia e ser homem de oração. Não devia de depender de esboço de mensagem, pois na hora certa Ele colocaria na minha boca as palavras que devia de falar. A princípio, estes ensinamentos contrariavam o que tinha aprendido com as disciplinas da arte do dizer e em como o fazer, a homilética. Não mais dependi das mensagens de outros e aprendi a ser eu mesmo, ou melhor Cristo em mim a esperança da glória, Cl. 1:27.

Também aprendi a viver em grande fraqueza e isto para poder ser forte, 2 Co. 12:10. Também compreendi que todo o homem é vaidade, ou seja, vai-com-a-idade, Ec. 1:2. Que as crianças, os jovens, os adultos e a velhice teêm semblantes da própria idade e que as máscaras são os artefactos que escondem adultérios, ladroíces, hipocrisias e o homem tudo faz para parecer o que não é.

Aprendi também que sempre que me era presente um oprimido, um angustiado o amor de Deus em mim se apegava àquela pessoa e eu dizia as palavras ao desesperado: Não temas, crê sómente.

Fraternalmente,

casal com uma missão,

Amilcar e Isabel Rodrigues

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